FIIs de papel x FIIs de tijolo: qual a melhor composição para sua carteira?
Na hora de construir uma carteira de FIIs, qual é a melhor composição? Investir 70% em fundos de tijolos e 30% em fundos de papel? O professor Baroni explica.
Na hora de construir uma carteira de FIIs, qual é a melhor composição? Investir 70% em fundos de tijolos e 30% em fundos de papel? O professor Baroni responde essa dúvida do investidor.
Em uma breve comparação entre a composição do IFIX em 2013 e 2023, percebe-se que houve uma grande mudança.
Em 2013, 89% dos FIIs do IFIX eram de tijolo, enquanto 9% de papel e 2%, fundos de fundos (FOF).
Já em 2023 são 47% fundos de tijolos, 46% FIIs de papel e 7% FOFs. Em 10 anos, os fundos de papel se multiplicaram e ganharam mais atenção do mercado.
Seria essa a melhor composição? Metade fundos de tijolos e metade FIIs de papel? Não exatamente…
Busque referências para montar sua carteira
Na hora de definir a composição da carteira de fundos imobiliários é importante avaliar diferentes aspectos, como as diretrizes do mercado no momento. Exemplo: há mais fundos de tijolos relevantes ou os fundos de papel estão em um período melhor?
Outro ponto está relacionado à composição da carteira como um todo. Se o investidor já possui muita exposição à renda fixa, talvez a melhor alternativa sejam fundos de tijolos, para trazer uma correlação mais adequada à carteira.
Por outro lado, se o investidor tem mais exposição à renda variável, então os fundos de papel podem trazer certa estabilidade, melhorando a correlação, explica o professor Baroni.
Cuidados na hora de investir
Fundos de tijolos e de papel têm, claro, suas diferenças e vale lembrar algumas delas na hora de alocar recursos.
Ao optar por mais fundos de papel, o investidor estará auferindo mais proventos em detrimento de uma menor expectativa com relação à valorização, ou ganhos de capital.
Se preferir mais fundos de tijolos, os rendimentos não serão equivalentes aos dos fundos de papel, mas o cotista estará suscetível a lucrar com eventuais ganhos de capital e com a valorização da cota.
Como se vê, não há problema em construir uma carteira com 50% em cada tipo de fundo – desde que o investidor tenha noção das vantagens e desvantagens de cada tipo de FII.