Quatro FIIs deixam de ser negociados na B3 e serão liquidados; entenda
Fundos imobiliários BLMC11, BLMG11, MORC11 e MORE11 terão seus ativos incorporados ao RVBI11; cotistas devem informar custo de aquisição.
Quatro FIIs tiveram seu último dia de negociação no pregão da B3 na última sexta-feira (2) e já estão fora do mercado secundário. São eles os fundos BLMC11, BLMR11, MORC11 e MORE11, cujos cotistas aprovaram em assembleia, ainda em 2023, a venda de todos os seus ativos ao RVBI11 e a consequente liquidação dos fundos, que deve se concretizar até o fim deste mês.
O RVBI11, que era um FOF (fundo de fundos) com gestão da VBI, tornou-se agora um fundo híbrido que adotou o formato de multiestratégia, ou seja, que poderá deter tanto ativos de tijolo como recebíveis e também cotas de outros fundos imobiliários.
Os investidores que terminaram o pregão de sexta posicionados em cotas desses fundos serão beneficiados com o resgate das cotas, que receberão parte em dinheiro e parte em cotas do RVBI11 que serão subscritas como parte da última emissão do fundo.
Esses investidores devem informar à gestão de seu respectivo fundo imobiliário o custo médio de aquisição, para fins de apuração junto à Receita Federal, uma vez que há taxação de 20% sobre um eventual ganho de capital na liquidação das cotas, que é considerada como se fosse uma venda. Os fundos encerraram as negociações com as seguintes cotações:
A soma do patrimônio líquido dos quatro fundos chegava a R$ 625,6 milhões, de acordo com informes divulgados ao longo do mês de janeiro. Já o RVBI11 tinha um PL de R$ 123,9 milhões, que deve ser multiplicado por seis, chegando perto de R$ 750 milhões, após a consolidação de todos os ativos em apenas um fundo, assim que o processo estiver concluído
Com o fim das negociações, a B3 mudou a carteira teórica do IFIX, válida desde o começo do ano, na qual estavam incluídos BLMR11, MORC11 e MORE11. Agora, a lista contempla 105 FIIs, considerados os de maior movimentação e liquidez no pregão do mercado secundário. O RVBI11 não faz parte dessa carteira, mas, com o aumento de seu PL, pode entrar nela a partir de maio, quando a B3 altera a composição do IFIX para o segundo quadrimestre do ano.