FIIs têm alta de investimento por pessoas físicas em ofertas primárias
FIIs receberam maior aporte de pessoas físicas em fevereiro, tanto na comparação com janeiro como com fevereiro de 2023.
As ofertas primárias de cotas realizadas por Fundos Imobiliários (Fiis) no mês de fevereiro tiveram predominância de investidores pessoas físicas, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) nesta segunda-feira (11).
Os FIIs captaram R$ 4,052 bilhões em fevereiro, uma alta de 30,84% em relação ao valor de janeiro, de R$ 3,097 bilhões, e um crescimento de 123,99% na comparação anual, com a captação de fevereiro de 2023, de R$ 1,809 bilhão.
Desse valor captado no mês passado, R$ 2,295 bilhões vieram de investidores pessoas físicas, o equivalente a 56,64% do valor captado, enquanto o aporte de fundos de investimento foi de R$ 1,026 bilhão (25,32%) e de investidores institucionais, de R$ 317 milhões (7,82%).
Como comparação, em janeiro a participação de pessoas físicas nas ofertas de fundos imobiliários havia sido de 29,97% do montante captado, ou cerca de R$ 917 milhões.
Esse valor se refere tanto a novos fundos de investimento imobiliário que entraram em circulação como às novas emissões de cotas realizadas por fundos já em operação que buscam ampliar seu portfólio de investimentos.
Já no caso dos Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros) a captação em ofertas primárias foi baixa, de apenas R$ 91 milhões, sendo a maioria, R$ 87,5 milhões, vinda de fundos de investimentos, e apenas R$ 3,913 milhões vindos de pessoas físicas.
Ao todo, o mercado de capitais registrou R$ 43,2 bilhões em novas ofertas em fevereiro, registrando um aumento de 170,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No primeiro bimestre, o volume captado atingiu R$ 64 bilhões, com alta de 50,6% em relação ao mesmo período de 2023.
“Vários instrumentos apresentaram crescimento neste início de ano. Isso mostra parte do potencial do mercado de capitais em um momento de expectativa por mais cortes na Selic e a busca dos investidores por diversificação de suas carteiras, o que já se reflete no apetite por ativos mais sensíveis à taxa de juros”, afirma Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima.