SNAG11 lucra R$ 4,9 mi em abril e foca em players sólidos para ter zero inadimplência
Vitor Duarte, CIO da Suno Asset, destacou que o mercado dos Fiagros tende a ser promissor e pontuou os últimos resultados do SNAG11.
Com uma vantagem competitiva significativa em relação a outros países, o agronegócio do Brasil já é crucial para o mundo e deve se tornar ainda mais relevante no futuro, projeta Vitor Duarte, CIO da Suno Asset. Em live no canal da gestora no Youtube, o gestor destacou o mercado dos Fiagros neste cenário, que tende a ser promissor e pontuou características do SNAG11. O Fiagro da Suno obteve resultado de R$ 4,9 milhões em abril.
Apesar do setor corresponder a 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, segundo Duarte, nem todos os participantes do setor conseguem manter-se estáveis. Produtores alavancados, empresas que erraram no ciclo ou cooperativas mal organizadas podem enfrentar falências.
“O que quebra é um produtor alavancado, uma empresa que errou no ciclo, uma cooperativa mal organizada. Portanto, alguns participantes quebram, saem do jogo e outros tomam o lugar no mercado”, explica o gestor.
No entanto, a demanda por produtos como soja e carne permanece constante. “A linha cinza (gráfico acima) foram fundos que optaram em fazer operações com produtores mais alavancados que estavam em situação fragilizada e poderiam pagar uma taxa de juros mais alta, como o CDI + 6% e mais CDI + 7%”, comenta Duarte.
Nos anos difíceis, observam os analistas, quem já estava alavancado e com muita margem apertada não aguenta e acaba que pedindo recuperação judicial.
A abordagem do SNAG11, no entanto, tem sido mais conservadora e focada em players com estruturas de capital mais sólidas e organizadas. “A gente teve a postura de pegar players com estrutura de capital boa, mais organizada, com vantagem competitiva e uma alavancagem melhor, isso reduz o nosso risco e o reflexo é uma oscilação menor, pois a carteira é mais resistente a choque”, destaca Gustavo Branco, analista da Suno Asset.
Essa estratégia visa a estabilidade a longo prazo, mesmo que outros fundos possam apresentar rendimentos maiores em curtos períodos. “Obviamente, se tudo virar uma maravilha nas margens das empresas, outros Fiagros podem render mais, como 1,6% ao mês, enquanto a gente vai estar com 1,05%. A gente não quer ser o Fiagro que paga mais no mês, fazendo uma analogia com automobilismo, a gente quer terminar a corrida e pontuar para no final ser campeão”, completa Duarte.
Para Branco, a capacidade de crédito no setor é mais relacionada ao desempenho individual dos produtores do que ao segmento em si. “Quem pede recuperação judicial são produtores que têm um score ruim, já vinham mal. Quem quebra são produtores que não têm eficiência na produção.”
Por fim, a oferta de financiamento é cuidadosa para evitar a competição direta com grandes bancos e programas governamentais como o Plano Safra. “Não fizemos o financiamento para custeio, pois se for dessa forma estamos competindo com os grandes bancos como o Plano Safra”, diz Branco.
SNAG11 lucra 4,9 milhões em abril
No mês de abril, o Fiagro SNAG11 registrou um resultado de R$ 4.929.247,01, equivalente a R$ 0,099 por
cota. O resultado foi impactado negativamente devido ao menor número de dias úteis no período, pois cerca 89% da carteira do fundo é composta por ativos atrelados ao CDI, os quais rentabilizam somente em dias úteis.
Diante desse cenário, a gestão decidiu distribuir R$ 0,105 por cota, utilizando parte da reserva de
lucros acumulada nos meses anteriores. Mesmo com a utilização de R$ 0,006 da reserva de lucros, o fundo ainda possui R$ 0,031 em reserva a ser distribuída.
Desde seu IPO, o SNAG11 tem apresentado uma rentabilidade que ultrapassa o IPCA+7% em 3,5%,
enquanto supera o CDI líquido em 4,5%.
Fiagro da Suno aposta em diversificação e gestão com experiência
Em meio a um cenário de crise vivida pelo agronegócio ao longo dos primeiros meses do ano, o Fiagro SNAG11 destaca que tem conseguido manter bom nível de rentabilidade, como apontado pelo estudo da Quantum, direcionando sua estratégia para uma gestão ativa que busca a diversificação da carteira de ativos na alocação de um patrimônio de cerca de R$ 504 milhões.
Além disso, aposta num time experiente e calejado nas demandas específicas do agronegócio. “Os preços podem flutuar de um ano para outro, de uma safra para outra. O clima pode interferir. Então, todas as aquisições feitas pelo SNAG11 precisam incluir essa variação em suas análises de risco”, explica Lenon Barbosa, analista de agronegócio da Suno.
“São mais de 40 anos de experiência somados no agronegócio, uma equipe que tem compreensão aprofundada das nuances do mercado agrícola e dos Fiagros”, diz Duarte.
Hoje o terceiro fundo com mais cotistas no mercado de Fiagros, atrás apenas do VGIA11 (168.693) e do XPCA11 (104.783), o SNAG11 conseguiu superar em rentabilidade os ativos de porte semelhante no período verificado pelo estudo.