MXRF11, BCFF11 e FIIs como porta de entrada para renda variável: destaques do Bom Dia FIIs (2/8)
MXRF11, encerra 10► emissão de cotas com captação de R$ 1 bilhão; BCFF11 convoca AGE para aprovar fusão com o BTHF11.
Os fundos imobiliários MXRF11 e BCFF11 e a atratividade dos FIIs como porta de entrada para o mercado de renda variável estão entre os destaques do mercado nesta sexta-feira (2), após um dia de oscilação que marcou o primeiro pregão de agosto.
O IFIX fechou em leve alta, de 0,02%, em 3.365,60 pontos. O índice começou o dia em alta, alcançando rapidamente a máxima do dia, em 3.370,02 pontos, mas logo voltou aos níveis da véspera, passando pelo pior momento nas horas finais de negociações, batendo no piso de 3.361,59 pontos logo depois das 16h, para uma recuperação nos últimos minutos.
Na semana, o índice de FIIs acumula queda de 0,30%. No ano, o IFIX registra resultado positivo de 1,64%.
Confira as principais notícias do mercado:
FIls abrem caminho para o mercado de renda variável; veja depoimento de investidor
Analistas costumam apontar o mercado de fundos imobiliários (FIIs) como porta de entrada para os investimentos de renda variável, pela possibilidade de diversificar os investimentos com um pequeno aporte de capital, devido à possibilidade de adquirir cotas a um preço próximo de R$ 10.
Augusto, de 31 anos, é um investidor que começou assim. Depois de uma infância difícil no Rio de Janeiro, seu primeiro “investimento” ao começar a trabalhar foi ajudar os pais a sair de uma dívida de cartão de crédito de cerca de R$ 12 mil.
Com o débito quitado, Augusto se iniciou no mundo dos investimentos com aplicações em renda fixa, com o objetivo inicial de ter uma reserva de emergência. Em 2020, conheceu e teve nos FIIs sua primeira experiência na renda variável.
“Fiquei muito feliz quando recebi meus primeiros dividendos, pouco mais de R$ 11”, relembra na entrevista. Hoje cliente da Consultoria de Investimentos da Suno, Augusto diz que mantém cerca de 30% de sua carteira alocada em fundos imobiliários e que consegue pagar o condomínio de seu apartamento com a renda passiva que conseguiu construir a partir da renda passiva obtida com suas alocações.
BCFF11 convoca cotistas para decidir fusão com outro FII
O fundo imobiliário BCFF11 convocou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para deliberar a proposta de fusão com o BTHF11. A proposta consiste na aplicação de cerca de R$ 2 bilhões em ativos do BCFF11 para subscrever a 3ª emissão do BTHF11, um fundo cetipado da BTG Asset.
A AGE do BCFF11 já está em andamento, com o prazo de votação encerrando em 12 de agosto. Os resultados da votação estão previstos para serem divulgados em 20 de agosto. É necessário que os cotistas do BCFF11 aprovem a liquidação do fundo e a troca de suas cotas por cotas do BTHF11.
A proporção estimada é de 0,92 cotas do BTHF11 para cada cota do BCFF11, embora esse fator seja reavaliado após a apuração da carta consulta. As cotas do BTHF11 devem ser listadas na B3 antes que sejam entregues aos novos cotistas.
KNCR11 é escolha do BTG para aumentar exposição a FIIs de papel
A carteira recomendada de FIIs do BTG Pactual para o mês de agosto, com alterações pontuais que reforçam a opção da área de research do banco pelos fundos de papel, diante do atual cenário macroeconômico.
Assim, a carteira reduziu em 0,5 ponto a exposição em 3 fundos de tijolo: VILG11 e BRCO11, ambos do segmento de logística, e RBRP11, de lajes corporativas. Essa exposição foi alocada no KNCR11, que agora corresponde a 6,50% da carteira.
Trata-se, segundo os especialistas do BTG, de um “rebalanceamento estratégico” na posição da carteira em FIIs de tijolo, no intuito de captar a “ótima performance” que teria sido observada em alguns fundos em julho, assim como aumentar a participação de fundos de recebíveis atrelados ao CDI.
MXRF11 conclui captação bilionária em sua 10ª emissão de cotas
O fundo imobiliário MXRF11 anunciou o encerramento de sua 10ª emissão de cotas, com a captação total de R$ 1 bilhão, valor máximo que a oferta poderia alcançar. Com isso, o patrimônio líquido do fundo deve saltar para R$ 4,3 bilhões.
Para a XP Asset, gestora do fundo, o contexto de maior diversificação da estrutura de funding do mercado imobiliário brasileiro aumenta a relevância dos CRIs, principal ativo negociado pelo MXRF11. Esses ativos tiveram uma emissão total de R$ 31,4 bilhões no primeiro semestre deste ano, com crescimento anual de 149,2%, conforme dados da Anbima.
“Com a escassez de funding via poupança, as incorporadoras têm acessado o mercado de capitais para financiar obras. Neste contexto, os CRIs, principais ativos da carteira do Maxi Renda, ganharam espaço na distribuição de crédito imobiliário, fator determinante para fazer do nosso fundo um dos queridinhos do mercado”, afirma André Masetti, gestor de fundos estruturados da gestora do MXRF11.