RBVA11, SNFZ11 e LIFE11 são destaques do Bom Dia FIIs (7/8)
RBVA11 acertou venda de imóvel para incorporação com lucro; LIFE11 anunciou emissão de cotas para captar R$ 250 milhões.
O Fiagro SNFZ11 e os fundos imobiliários RBVA11 e LIFE11 estão entre os destaques do mercado, que busca nesta quarta-feira (7) seu primeiro dia positivo na semana, quinto dia útil do mês, puxado por anúncios de valores de dividendos, além da “data com”, ou seja, o fechamento da lista de beneficiários.
O índice de FIIs fechou nesta terça-feira (6) em 3.347,44 pontos, queda de 0,16% em relação ao fechamento de segunda-feira (5), em 3.352,64 pontos, depois de operar em patamar negativo durante a maior parte do dia, batendo no piso de 3.345,22 pontos pouco antes do fechamento.
Com o resultado, o IFIX acumula queda de 0,52% nos primeiros pregões de agosto. No acumulado do ano, o resultado permanece positivo, em 1,09%.
Confira as principais notícias do mercado:
SNFZ11 mira valorização patrimonial e complementa estratégia do SNAG11
O SNFZ11, novo Fiagro da Suno Asset que será listado no próximo dia 16, mira um potencial de valorização patrimonial em fazendas, numa estratégia complementar ao outro fundo da gestora que investe no agronegócio, o SNAG11. As explicações são de Amanda Coura, diretora-geral da gestora.
Segundo ela, a região onde estão localizadas as fazendas investidas pelo SNFZ11, no Centro-Oeste, apresentou uma valorização significativa nos últimos 12 meses. “Se a gente foca na região Centro-Oeste especificamente, nesse intervalo de 12 meses teve uma valorização de mais de 40%”, diz Coura. Num intervalo maior, segundo a especialista, nos últimos 15 anos, a valorização de terras no estado foi mais de 350%.
Dessa forma, o SNFZ11 é um Fiagro estruturado como fundo imobiliário (FII), o que permite ao investidor uma participação em ativos agrícolas a partir de um investimento inicial acessível. “A partir de R$ 10, você passa a ter uma participação em uma fazenda muito bacana, que fica lá no Mato Grosso,” explica a gestora.
Ela destaca que o fundo pode coexistir com o SNAG11, focado em ativos de crédito. “Um traz rendimentos potenciais todos os meses e o outro tem uma tese de médio e longo prazo, para uma valorização potencial em que você recebe com a valorização das terras dentro dele”, completa Amanda Coura.
LIFE11 pode dobrar de tamanho com nova oferta de cotas
O fundo imobiliário LIFE11, gerido pela LCP Gestora de Recursos, anunciou a realização da sua sexta emissão de cotas, com o objetivo de levantar o montante de aproximadamente R$ 250 milhões. O preço de subscrição das novas cotas é de R$ 10,40, incluídos os custos de distribuição.
O investimento mínimo por Investidor no LIFE11 é de 499 novas cotas, totalizando um montante de aproximadamente R$ 5.189,60. Se o número de novas cotas solicitadas ultrapassar a quantidade destinada à oferta não institucional, essas cotas serão rateadas entre os investidores não institucionais, podendo reduzir o investimento mínimo por investidor.
A LCP acredita que o ciclo econômico de queda de juros deve trazer reflexos no mercado de loteamento com um aumento na demanda por lotes, impulsionado pela melhora nas condições de financiamento. O LIFE11 tem um dividend yield anualizado de 23,9% ao ano.
TRXF11 tem receita de R$ 22,7 milhões e projeta resultados com novo investimento
O fundo imobiliário TRXF11 divulgou seu novo relatório gerencial, reportando um resultado operacional de R$ 16,443 milhões em julho, equivalente a R$ 0,83 por cota. Esse lucro foi obtido a partir de uma receita total de R$ 22,706 milhões, enquanto as despesas foram de R$ 6,262 milhões.
No documento, a TRX Real Estate, gestora do FII, comenta o contrato celebrado para a compra de 70% de um imóvel alugado para o Hospital Israelita Albert Einstein, através de um contrato na modalidade Built to Suit (BTS), com entrega prevista para julho de 2026.
Quando as receitas do contrato de locação passarem a entrar para o fundo TRXF11, a estimativa é de que o cap rate estabilizado atinja 8,0% ao ano. A gestão espera que essa operação traga “melhora nos indicadores”, sem elevação no risco de crédito.
RBVA11 vende imóvel locado a restaurante com lucro de 28%
O fundo imobiliário RBVA11 fechou a venda de um imóvel comercial ocupado pelo restaurante Coco Bambu, na região dos Jardins, em São Paulo, por R$ 30,2 milhões. O valor representa um lucro aproximado de 28%, ou R$ 6,621 milhões, equivalente a R$ 0,53/cota.
O pagamento será feito em seis parcelas, com entrada de R$ 7,55 milhões, recebida pelo fundo nesta segunda-feira (5) de agosto de 2024, e o restante em cinco parcelas de R$ 4,53 milhões, com vencimento semestral e correção pela variação positiva do IPCA.
A venda, segundo a Rio Bravo, gestora do RBVA11, segue a estratégia de reciclagem de portfólio “em busca de oportunidades que gerem valor para o fundo e que consigam extrair bons ganhos de capital”. A transação ficou 14% acima do valor do laudo de avaliação e gerou uma taxa interna de retorno (TIR) de 8% ao ano.