Lajes corporativas: Faria Lima Nova deve puxar crescimento em SP, diz consultoria
Região ainda tem potencial para novos empreendimentos de lajes corporativas, diz análise da Binswanger Brazil.
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
A região da avenida Faria Lima próxima ao Largo da Batata, entre as avenidas Rebouças e Pedroso de Morais, deve ser um dos próximos vetores de crescimento do mercado de lajes corporativas de São Paulo. A projeção é feita pela Binswanger Brazil, consultoria de dados e inteligência de mercado imobiliário.
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Segundo a empresa, a região, chamada de “Faria Lima Nova”, tem potencial de crescimento e também espaços para o desenvolvimento de edifícios comerciais. Além disso, vem registrando evolução na infraestrutura de transporte, composta por metrô, corredor de ônibus e ciclovia, além das faixas para automóveis.
Hoje, segundo dados da Binswanger, a região é ocupada principalmente por empresas de TI, telecomunicações, da indústria e dos setores financeiro e jurídico. A taxa de vacância está em 14,6%, a maior entre as três classificações utilizadas pela consultoria para a avenida que representa o endereço comercial mais cobiçado de São Paulo.
Para efeito de comparação, a Faria Lima Prime, localizada entre o Museu da Casa Brasileira (MCB) e o fim da via, na Avenida Hélio Pellegrino, tem vacância de 10,2%. Na Faria Lima Central, entre a Rebouças e o MCB –, a taxa de espaços vagos em relação ao total é de 11,4%. O levantamento da Binswanger inclui empreendimentos dos padrões A e A+.
Vale destacar que há demanda por parte de potenciais inquilinos por edifícios A+ na região da Faria Lima Nova, já que, segundo a consultoria, a disponibilidade de áreas se concentra em prédios A. Enquanto a vacância de escritórios de padrão A+ está em 2,5%, a registrada na classe A chega a 20,2%.
Lajes corporativas: prelo na Faria Lima Nova está em patamar intermediário
O preço médio por metro quadrado locado da Faria Lima Nova, segundo dados da Binswanger Brasipo, está em R$ 172,88, um valor intermediário entre os outros dois. Isso se explica pela entrega recente de edifícios com com características técnicas mais atualizadas em relação às dos edifícios localizados na parte central da avenida.
Na Faria Lima Prime, o valor médio pedido por metro quadrado é de R$ 262,18 e, na Faria Lima Central, de R$ 120,00, conforme a Binswanger.
A Faria Lima Nova tem estoque de 130.598,23 metros quadrados distribuídos em nove empreendimentos. O estoque do pedaço mais nobre da avenida chega a 535.669,45 metros quadrados, divididos em 29 empreendimentos, e o intermediário, de 45.377,58 metros quadrados, concentrados em quatro edificações.
A região conhecida pelo Largo da Batata tende a despertar mais o interesse de desenvolvedores e investidores quando ocorrer o próximo leilão de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs), que possibilitará erguer áreas maiores do que as inicialmente permitidas para os terrenos ali localizados.
A esse incentivo, segundo a empresa, se soma a retomada crescente do trabalho presencial por parte de ocupantes de prédios de lajes corporativas, com mais dias nos escritórios e, consequentemente, necessidade de área maior por posto de trabalho.