BRCO11: gestão explica queda no resultado de fundo imobiliário de logística
O fundo imobiliário BRCO11 encerrou maio com um resultado líquido de R$ 15,739 milhões, valor inferior aos R$ 16,682 milhões registrados no mês anterior. A receita total no período foi de R$ 17,74 milhões, enquanto as despesas somaram R$ 2,002 milhões. Esses números indicam uma redução na receita gerada pelo portfólio do fundo, influenciada por fatores internos e pelo cenário do mercado.
Segundo comunicado da gestão, a maior responsável pela queda nos resultados foi a vacância do imóvel Bresco Canoas. Essa vacância passou a impactar integralmente os resultados do fundo, elevando as despesas operacionais relacionadas às propriedades. Além disso, a receita imobiliária foi afetada negativamente, refletindo o impacto da ausência de ocupação plena no ativo. Essa situação demonstra a sensibilidade do portfólio às oscilações de ocupação, mesmo com um portfólio diversificado.
Os cotistas do BRCO11 receberam uma distribuição de R$ 13,837 milhões em dividendos, o equivalente a R$ 0,87 por cota. Com o fechamento do mês, essa distribuição representa um dividend yield anualizado de aproximadamente 9,6%. No acumulado do semestre, o fundo já distribuiu 86,1% do seu lucro caixa, que atualmente soma R$ 26 milhões, ou R$ 1,64 por cota. Esse valor de lucro não distribuído pode ser utilizado para reforçar futuras distribuições aos investidores.
Fundo imobiliário BRCO11: como está o portfólio
O portfólio do BRCO11 é composto por 12 ativos logísticos, totalizando uma Área Bruta Locável (ABL) de 472 mil metros quadrados. A gestão tem potencial de expansão de até 7% na área total. A receita anual estabilizada do fundo ultrapassa R$ 161 milhões, sendo 64% desse valor proveniente de ativos classificados como last mile e 34% de propriedades localizadas a até 25 quilômetros de São Paulo, uma das principais regiões logísticas do Brasil.
A vacância física do fundo encontra-se em 4,5%, considerado um índice relativamente baixo para o segmento. Os contratos de locação possuem uma duração média remanescente de cinco anos, com 38% dessas operações sendo atípicas, o que oferece maior previsibilidade na geração de receita. Além disso, mais de 82% dos inquilinos possuem classificação de grau de investimento (ratings AAA, AA ou equivalentes globais), conferindo maior segurança ao portfólio.
Dos 12 imóveis, 11 são certificados como padrão A+, indicando alto padrão técnico e alinhamento às melhores práticas do setor logístico. A gestão do fundo imobiliário é ativa, com foco exclusivo no segmento logístico e 100% de participação nos ativos, sem uso de mecanismos de Renda Mínima Garantida (RMG) em suas propriedades.
