RBRF11 – Fundo pode passar por mudanças em seu regulamento
No último dia 29 de outubro, o FII RBR Alpha Fundo de Fundos – RBR11 – disponibilizou um documento (Carta Consulta) para ajustar alguns itens do seu regulamento que, segundo a gestão (RBR Asset Management), são fundamentais para o desenvolvimento do fundo nos próximos anos.
Em seu relatório mensal divulgado nesta terça-feira (19), o fundo apresentou o conteúdo resumido e distribuído em pontos principais, sendo eles:
- Aprovação de investimento conflitado com a RBR;
- Aumento do capital máximo aprovado para R$ 5 bilhões;
- Retirada dos limites de alocação, atualmente: Mínimo de 67% em FII e Máximo de 33% para CRI;
- Ajuste no nome do fundo: De “RBR Alpha Fundo de Fundos” para “RBR Alpha Multiestratégia Real Estate”;
- Performance: possibilidade de o fundo parcelar a performance (atualmente é obrigado a pagar em 1 única parcela na virada do semestre, caso ocorra).
Em adição, no último dia 12 de novembro, o fundo participou de uma conversa com o Professor Baroni em que foi esclarecido os objetivos com os itens propostos e também foi retirado dúvidas que a gestão recebeu de diversos investimentos que já foram feitos. Para assistir, clique aqui.
Estratégia de investimentos e distribuição dos ativos – RBRF11
Falando sobre a organização de seu portfólio atual, o RBR possui uma estratégia de investimentos que se distribui em 4 pilares:
- Ativos “Alpha” – Principal estratégia do fundo, com foco em FIIs que investem diretamente em imóveis prontos, majoritariamente abaixo do custo de reposição, com objetivo de capturar a valorização dos ativos.
- Ativos “Beta” – Posições táticas, focando em FIIs com ativos estabilizados e com dividendos constantes. Estes fundos são mais sensíveis às oscilações de curto prazo do quadro macroeconômico como redução ou aumento da taxa de juros.
- CRI – Geração de retornos acima do benchmark através de investimentos em dívida imobiliária, com garantias e recebíveis imobiliários. Nesta estratégia, a gestão informou que a diversificação é fundamental para mitigar riscos.
- Liquidez – Recursos aguardando alocação futura. São momentaneamente investidos em ativos de alta liquidez.
Nesse sentido, sua carteira está distribuída da seguinte maneira.
Resultados e distribuições
Para outubro, foi anunciado a distribuição de rendimentos de R$ 0,65 por cota, perfazendo um dividend yield de 7,7% ao ano, que serão pagos hoje (19). No acumulado de 2019, as distribuições de rendimentos chegaram a R$ 7,58 por cota.
O rendimento distribuído de R$ 0,65 foi captado da seguinte maneira:
- Dividendos: R$ 0,34 provenientes dos rendimentos de FII, CRI, Renda Fixa e descontados os custos do fundo
- Ganho de Capital: R$ 0,38 proveniente da venda de ativos com ganho de capital dentro do fundo líquido de impostos
- Reservas: R$ -0,07 (Reserva Constituída)
Abaixo, veja os dividendos distribuídos e anunciados desde o início do fundo. Eles foram obtidos através de rendimentos mensais e ganhos de capital nos investimentos realizados.
Evolução patrimonial da cota RBRF11
A cota patrimonial inicial do fundo foi de R$ 95,60, que é referente à cota inicial base R$ 100,00 descontados os custos de estruturação e distribuição iniciais. Nesse último mês de outubro, a cota patrimonial atingiu R$ 103,13, que representa valorização de 7,83% no acumulado.
Em suma, a estratégia adotada pelo RBR Alpha se fundamenta de forma a considerar que seus ativos se valorizarão de maneira acelerada nos próximos anos e em sua resiliência de momentos com maior volatilidade.
O RBRF11 é do tipo FOF – Fundo de fundos, ou seja, tem o objetivo de aplicar, primordialmente, em cotas de outros fundos de investimento imobiliário, e, complementarmente, ativos em conjunto com as cotas de FII.