Hoje iremos dar continuidade a nossa argumentação a respeito da comparação entre os fundos imobiliários no Brasil e os REITs nos EUA.
Se você não leu a Parte I do artigo acerca do tema, sugerimos que o faça clicando aqui.
Continuando, portanto…
4 – Maior Diversificação Setorial
Vários setores utilizam-se dos REITs para se desenvolverem e como principais diferenças são observados: penitenciárias, gasodutos, antenas de TV e até mesmo exploração de espaços publicitários.
Uma curiosidade ainda é que alguns REITs se especializam em propriedades específicas em determinadas regiões, por exemplo, um gestor que explorar propriedades apenas na “Dakota do Norte”.
No Brasil, temos alguns setores consolidados e que podem buscar novos negócios à medida que o mercado continuar amadurecendo até porque foram “testados” setores pelos investidores.
5 – Associação Própria
No Brasil, não há ainda uma representação clara e definida da classe de investidores e do produto em si.
Por exemplo, quando ocorreu uma tentativa de Tributação dos Fundos Imobiliários em 2015, não havia um Representante que pudesse buscar defender os interesses dos investidores.
Aqui, as forças ainda são isoladas e não conversam entre si com a devida intensidade, frequência e eficácia.
Contudo, sabemos que a tendência é que “organizações” dessa natureza comecem a nascer, crescer e se desenvolver com o passar do tempo aqui no Brasil, muito por conta da consequência do forte e exponencial crescimento da indústria que estamos tendo o privilégio de ver acontecer nesse momento.
Já nos EUA, há o “NAREIT”, isto é, uma Associação Nacional em prol de toda a classe, que busca oferecer mais segurança e praticidade ao investidor.
6 – Retorno (DY – Dividend Yield)
A maior parte dos DYs dos REITs são menores que os FIIs brasileiros, até pela visível percepção de risco/retorno, além claro, da relevante diferença entre as taxas de juros nos 2 países (embora a taxa de juros no Brasil esteja na sua mínima histórica e com tendência de diminuir ainda mais no médio prazo).
Nos EUA, a percepção de risco setorial é mais madura sendo que o investidor consegue entender (e enxergar) com mais eficiência onde estão as melhores oportunidades face os seus diferentes perfis de investimentos.
7 – Gestão Ativa
Os REITs conseguem negociar suas propriedades com muito mais intensidade a fim de se gerar valor real e consistente aos seus investidores que buscam estratégias de longo prazo.
Lá, a reciclagem do portfólio e estratégias mais sofisticadas é visível: um exemplo que vale observar é o REIT Boston Properties que, em uma determinada situação, estava vendendo parte de suas propriedades pelo fato dos Gestores terem percebido que estava mais rentável “construir” do que “alugar”.
O DNA da Gestão Ativa é cristalino nos REITs.
No Brasil, ainda temos uma velocidade de reciclagem lenta até porque boa parte dos FIIs são essencialmente “Passivos”.
Estas foram as 7 principais diferenças entre os FIIs aqui no Brasil e os REITs lá fora.
Estamos convencidos de que o mercado brasileiro está na direção correta rumo ao desenvolvimento do mercado, e é por isso que procuramos fazer nosso trabalho com dedicação e empenho.
Conte conosco!