Você pode (e deve) decidir por conta própria sobre a abordagem de investimentos que mais se enquadra no seu perfil como investidor.
Não há problema algum nisso.
Alguns investidores preferem operações de curto prazo, tentando tirar proveito da volatilidade dos ativos negociados em bolsa.
Para isso, as ações são mais indicadas, pois apresentam uma variação maior nos seus preços.
Mesmo não sendo essa a abordagem que recomendamos, respeitamos quem a pratica.
No entanto, como sempre destacamos por aqui e por outros de nossos canais de comunicação, no longo prazo, uma abordagem menos especulativa faz mais sentido e apresenta resultados mais consistentes.
Muitos investidores, contudo, sentem dificuldade em saber por onde começar a estudar a fim de obterem um conhecimento mínimo que lhes proporcione sensatez em suas análises.
Para os que estão ainda dando os primeiros passos, sugerimos a leitura do nosso e-book gratuito “Manual do Investidor Iniciante em Fundos Imobiliários”, recomendado justamente para sanar as dúvidas iniciais dos que estão começando nesse universo de investimentos.
Para quem já entendeu a ideia central dos fundos imobiliários, sugerimos o curso online “Investindo em Fundos Imobiliários”, do professor Baroni.
Para os que já se sentem familiarizados com a indústria, mas ainda não sabem por onde começar a estudar e analisar com mais detalhes os ativos, sugerimos que comecem examinando os Fiis pertencentes ao Ifix, que é o índice referência dos fundos imobiliários, ou seja, é como se fosse o Ibovespa dos Fiis.
Ao olhar a lista dos Fiis pertencentes ao Ifix, o investidor irá constatar que alguns deles estão demarcados com a identificação “IQ”, que significa que aquele ativo é destinado a Investidores Qualificados.
Feito essa ressalva, sugerimos, então, que se comece estudando a lista de cima para baixo.
Dito isso, o primeiro Fii “aberto” que se vê é o KNRI11.
Ao entrar na página desse Fii, aconselhamos que o investidor abra os três últimos Relatórios Gerenciais e os leia.
Nesses documentos são disponibilizadas importantes informações sobre o Fii, como últimas operações realizadas pela sua gestão, rentabilidade histórica, portfólio de ativos, condições dos seus contratos, informações contábeis, dentre outras.
Lendo esses três últimos relatórios gerenciais, o investidor, com certeza, conseguirá ter uma visão geral do Fii e poderá perceber se as suas características o agradam ou não.
Quais características seriam interessantes levar em consideração?
– Nível de transparência do relatório;
– Diversificação do portfólio (setorial e geográfica);
– Diversificação dos inquilinos;
– Cronograma de vencimento dos contratos;
– Cronograma de revisionais dos contratos;
No caso acima, vale lembrar que o KNRI11 é um fundo imobiliário de tijolo e que, portanto, os critérios a se ponderar são distintos no caso de um fundo de papel ou um fundo de fundos, por exemplo.
Dito isso, e chegando à conclusão se o Fii satisfaz as suas propensões, tudo se resumirá, então, a uma questão de preço.
Existem investidores que defendem a tese de que preço não importa.
Respeitamos, porém, discordamos.
No entanto, não vamos aqui externar qual seria o preço certo de compra de nenhum ativo.
O ideal é que o investidor observe o histórico de rendimentos do Fii e tente idealizar quais as suas perspectivas futuras.
Logo após, vale dar uma conferida nos indicadores do Fii em questão.
Lembre-se, contudo, que os números do passado não são garantia alguma de rentabilidade futura.
Dito isso, vale a reflexão: será que existe a possibilidade real de a estrutura operacional e financeira desse fundo imobiliário se manter nos próximos anos?
Esse é um exercício interessante de fazer.
No começo, pode parecer um pouco confuso, mas não existe nada nessa vida que a prática não torne mais natural.
O primeiro passo é sempre o mais desafiador.
Portanto, comece o quanto antes e não pare nunca mais.
Estude por conta própria e tire suas próprias conclusões.
Ouvir a opinião de outros investidores e especialistas é interessante, mas nunca confie plenamente na opinião alheia, de quem quer que seja.
Questione o tempo todo.
Seja independente, não só nos investimentos, mas na sua vida!
Fazendo isso, a sua capacidade crítica irá progredir em todos os âmbitos de sua existência.
Investir é processo contínuo de desenvolvimento pessoal.
Invista e evolua, e não pare nunca mais!
Conte conosco.