Gestor de Fundos: saiba como atua esse profissional

Gestor de Fundos: saiba como atua esse profissional

Gestor de fundos é o nome dado a um profissional muito importante para o mercado não só de fundos imobiliários, mas de renda variável em geral. É ele que cuida do portfólio dos FIIs.

Sendo assim, entender como atua o gestor de fundos e como avaliar o trabalho desse tipo de profissional é muito importante para quem quer saber mais sobre FIIs, sejam eles de tijolo ou de papel.

Qual a função do gestor nos fundos?

A atuação do gestor do fundo é na decisão do que fazer com os recursos do fundo imobiliário em que ele atua. É o gestor que define a tese de investimentos do FII e em seguida o informa aos cotistas e ao mercado em geral.

Sendo assim, é ele quem avalia os ativos do fundo como boas opções de investimento ou não. Entre os fatores, pode estar o risco de mercado desses ativos, o potencial de retorno e outros.

Ou seja: o trabalho do gestor impacta diretamente na performance do FII, uma vez que os dividendos que o fundo distribui e a sua valorização da cota tem relação direta com os ativos do fundo.

Qual a função do gestor nos fundos?

O seu trabalho é similar com aquele feito por outros tipos de gestor de fundo de investimento, como fundos de ações, fundos de renda fixa, entre outros.

Por exemplo: o gestor nesses outros fundos também usa o dinheiro de seus investidores para conseguir montar uma carteira e buscar uma rentabilidade apropriada.

Entretanto, o diferencial do gestor de FIIs reside no fato deste investir apenas em ativos do setor imobiliário – sejam imóveis físicos, no caso dos fundos de tijolo; ou ativos atrelados a imóveis, no caso dos fundos de papel.

Como um gestor de fundos é remunerado?

De fato, o gestor de fundos imobiliários precisa ser remunerado pelo seu trabalho – afinal, escolher ativos e impactar milhares de investidores não é uma tarefa simples.

Portanto, existem duas formas de remuneração através das quais os gestores de fundo recebem o seu pagamento.

Em primeiro lugar, pode-se citar a taxa de administração. Essa é a forma mais comum de se receber como gestor de fundos. Nela, há um percentual anual fixo para gerir o fundo.

Por exemplo: um gestor de FII pode receber 1% do patrimônio do cotista por ano. Ou seja: se o investidor possui R$100 mil investidos, o gestor ganhará R$1 mil; se o investidor possuir R$200 mil, o gestor ganhará R$2 mil; e assim sucessivamente.

Vale notar que taxas de administração acima de 1% costumam ser consideradas elevadas, apesar de ainda serem vistas em diversos fundos do mercado.

Além disso, há também a taxa de performance, que é o valor cobrado caso o gestor consiga superar o benchmark. No caso dos FIIs, o benchmark costuma ser o IFIX, o índice mais usado para fundos imobiliários.

Por exemplo: a gestão pode cobrar um valor de 10% sobre o valor que excede o IFIX, ou então um pouco mais ou menos. Isso depende de cada fundo.

Algumas gestoras isentam a taxa de performance e buscam cobrar apenas pela taxa de administração. Por isso, o investidor deve olhar com cuidado para todos esses pontos.

E a gestora de fundos, como funciona?

É muito importante ressaltar que a administração de um FII não é feita apenas pelo gestor: ele possui uma equipe de diversos especialistas que o auxiliam na tomada de decisões.

O conjunto de profissionais que cuida da gestão do fundo faz parte de uma gestora de fundos, uma empresa que cuida dos investimentos de outras pessoas.

Uma mesma gestora pode cuidar de vários fundos. Por exemplo: a gestora A pode ter um fundo de galpões logísticos e um de shoppings, FIIs de setores diferentes.

Qual a função do gestor nos fundos?

São pessoas de diversas áreas: administradores, engenheiros, economistas, advogados e outros que avaliam os possíveis investimentos do FII de forma multidimensional para entender se a escolha de um ativo é boa ou ruim para a estratégia do fundo.

Por exemplo: o gestor de fundo de tijolo pode avaliar um ativo como um bom investimento, mas alguém da equipe jurídica pode notar alguns problemas legais naquela propriedade.

Sendo assim, a equipe tem mais dados para avaliar a sua alocação de capital. Naturalmente, a decisão final é do gestor, mas ele conta com toda essa equipe de apoio para auxiliar em suas atividades.

Se não houvesse uma equipe assim, o gestor poderia se deixar levar por algum viés comportamental e prejudicar a rentabilidade de seu portfólio.

Como escolher uma boa gestora de fundos?

Por fim, resta saber como escolher uma boa gestora de fundos – ou seja, uma gestora capaz de administrar bem o dinheiro do investidor para que ele consiga um retorno apropriado.

Primeiramente, é preciso avaliar o histórico do gestor e da empresa: eles administram outros bons FIIs? Há quanto tempo estão no mercado?

Em segundo lugar, é preciso averiguar se a rentabilidade desses fundos tem sido positiva. Isso pode indicar um bom trabalho de gestão. O ideal é avaliar por um período longo de tempo, passando por diversos momentos de mercado.

Por outro lado, é preciso verificar também se a equipe de gestão não corre riscos desnecessários.

Afinal, correr riscos demais pode gerar na escolha de ativos mais arriscados, o que pode diminuir a taxa de ocupação do fundo e, consequentemente, diminuir sua rentabilidade.

Além disso, o investidor deve buscar saber se a equipe consegue comunicar bem as suas intenções e estratégias para o futuro, bem como ser transparente caso ocorra qualquer tipo de problema.

Por fim, é preciso deixar claro que analisar um gestor é algo que pode ser subjetivo, uma vez que alguns podem preferir profissionais desse tipo que sejam mais arrojados; outros podem preferir gestores mais conservadores.

Portanto, o que é considerado um bom gestor de fundos para um não é para outro. É preciso avaliar o seu perfil de investimentos na hora de tomar essa decisão.

Você ainda possui alguma dúvida sobre o papel do gestor de fundos nos FIIs? Comente abaixo para que possamos te ajudar!

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foto: Rafael Campagnaro
Rafael Campagnaro

Engenheiro mecânico por formação, estuda e investe no mercado de capitais desde 2016. Entusiasta do Value Investing, trabalha com produção de conteúdo informativo e educacional para o mercado financeiro desde que iniciou no universo das finanças. Acredita que o mercado de capitais é uma das alavancas que contribuem para o desenvolvimento da humanidade.

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