CVBI11 e MGHT11 são os destaques do Bom Dia FIIs (28/06)
O IFIX fechou a última terça-feira (28) em queda de 0,24%, terminando o dia em 2.794 pontos. No acumulado do mês de junho e do ano de 2022, a variação do índice é de -0,94 e -0,39%, respectivamente.
Em resumo, CVBI11 explica aumento recorde em rendimentos, enquanto o MGHT11 comentou sobre resultados, distribuição e alavancagem.
Confira as principais notícias do mercado de FIIs:
CVBI11 explica dividend yield de 18% ao ano
O Fundo de Investimento Imobiliário VBI CRI (CVBI11), gerido pela VBI Real Estate, divulgou nesta terça-feira (28) sobre seus resultados e rendimentos do mês. A gestora explicou os dividendos recordes do fundo nos últimos 2 meses.
Os dividendos do CVBI11 referentes ao mês de maio foram de R$ 1,50 por cota. Este valor representa um dividend yield de 18,0% a.a. sobre o patrimônio líquido do fundo. Além disso, o CVBI11 possui uma reserva acumulada de R$ 0,52 por cota.
A gestora destaca que o dividend yield anualizado do CVBI11 nos últimos meses apresentou retorno acima do IFIX do segmento de recebíveis.
O fundo fechou o mesmo com mais de R$ 1,0 bilhão alocados em CRI e FII, representando 90,8% do patrimônio líquido.
A gestora explicou que o fundo teve um rendimento acima da média histórica devido a inflação mais alta dos últimos meses. Também, não houve movimentação na carteira de CRI.
Por fim, o fundo divulgou o encerramento de sua 7ª Emissão de Cotas, captando 494.321 novas cotas num montante de R$ 49,4 milhões.
O objetivo do fundo CVBI11 é obter renda e ganho de capital, por meio do investimento de, no mínimo, dois terços do seu patrimônio líquido de forma direta em ativos de renda fixa de natureza imobiliária.
MGHT11 mantém distribuição mesmo com desafios do setor hoteleiro
O fundo imobiliário Mogno Hotéis (MGHT11) informou aos cotistas os atuais desafios na gestão de seus ativos. Mesmo com resultados menores no mês, a gestora mostrou constância no pagamento dos dividendos, explicando como vai estruturar a dívida do fundo sem uma nova emissão de cotas.
De resultado referente ao mês de maio, o fundo produziu R$731.722, o que equivale a R$0,56 por cota. Porém, os dividendos do MGHT11 foram de R$0,80. Com o caixa produzido no início do ano, a gestora vem equilibrando a constância nos pagamentos aos cotistas, dando previsibilidade nos rendimentos.
A gestora explicou que em janeiro deste ano, o fundo abriu 3 novos hotéis, sendo que a carteira deu prejuízo. Porém, as propriedades anteriores apresentaram resultado positivo. Neste caso, pelos novos termos, o MGHT11 teria recebido participação nos lucros.
Assim, com as atuais mudanças na gestão dos ativos, há perspectiva de melhora do resultado do MGHT11 a partir do segundo semestre.
Financiamento do fundo sem emissão de cotas
A gestora comentou que está em fase final a estruturação de um CRI para financiar o pagamento da aquisição do imóvel Búzios. Porém, essa operação não altera o nível de alavancagem do fundo. Neste caso, o novo CRI vai alongar o prazo de pagamento da dívida do MGHT11.
Estava nos planos da gestora uma nova emissão de cotas para o restante do pagamento do hotel Selina Búzios. Mas a gestora explicou que a estruturação de dívida aliada a uma recente oportunidade de venda de parte da carteira de CRIs do fundo já será suficiente para as finanças do MGHT11. Por hora, a 4ª emissão de cotas está cancelada.
Com o atual contexto inflacionário e juros elevados, a gestora entende que, no momento, é mais vantajoso o financiamento via alavancagem e venda da carteira de CRIs. A emissão seria abaixo do valor patrimonial, o que a gestão do MGHT11 preferiu evitar.
O Fundo de Investimento Imobiliário Mogno Hotéis (MGHT11), além de investir em ativos do setor hoteleiro, possui uma carteira de CRIs e cotas de outros fundos imobiliários.