SNAG11, ZAGH11 e VGIA11 estão entre os destaques no Bom Dia FIIs (29/5)

SNAG11 mostra estudo que aponta lucro para 100% dos investidores; ZAGH11 e VGIA11 divulgaram relatório com resultados detalhados.

SNAG11, ZAGH11 e VGIA11 estão entre os destaques no Bom Dia FIIs (29/5)
SNAG11 investe no financiamento do agronegócio - Foto: Frepik

O fundo imobiliário ZAGH11 e os Fiagros SNAG11 e VGIA11 estão entre os destaques desta quinta-feira (29), dia seguinte a mais um recorde histórico do IFIX.

O índice de FIIs fechou nesta quarta-feira (28) em 3.442,87 pontos, alta de 0,13% em relação ao resultado da véspera. A nova máxima ficou 0,07% acima do recorde anterior, de 3.440,31 pontos, registrado na última sexta-feira, dia 23.

O IFIX operou praticamente todo o dia em patamar positivo, com pouca influência de fatores que impactaram o mercado e causaram a primeira queda do Ibovespa na semana, como as discussões sobre a mudança do IOF pelo governo e o saldo positivo de 257 mil empregos do Caged. Os dados do Ministério do Trabalho ficaram acima das projeções do mercado e mantiveram nos analistas a impressão de que os juros precisam ficar altos por um longo período de tempo.

Com isso, os juros futuros reverteram a tendência da véspera e fecharam em alta. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 fechou em 14,735%, de 14,692% no ajuste da véspera, e a do DI para janeiro de 2027, em 13,94%, de 13,84% no ajuste. A do DI para janeiro de 2029 avançou a 13,49%, de 13,37%.

O mercado de FIIs, contudo, pareceu mais centrado em sua própria dinâmica, com movimentações para garantir o recebimento de dividendos na primeira quinzena de junho. Na sexta-feira (30), será a Data Com de mais de 200 fundos imobiliários e Fiagros, com anúncio dos valores dos proventos e fechamento da lista de beneficiários.

Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:

Com inflação ainda pressionada, como escolher os fundos para investir?

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,36% em maio, segundo dados divulgados pelo IBGE. O resultado representa uma desaceleração em relação ao aumento de 0,43% observado em abril, mas ainda está acima da meta no acumulado de 12 meses, com 5,40%. 

Nesse cenário, investir em fundos imobiliários ou de infraestrutura (FI-Infra) são boas opções para proteção de capital.  Lucas Barbosa, da AZ Quest, gestora do AZPL11 e do AZIN11, aponta que a desaceleração não indica uma melhora da dinâmica inflacionária de forma definitiva e que o índice ainda pode seguir em aceleração.

Diante de uma inflação ainda elevada, especialistas recomendam diversificar o portfólio, priorizando ativos indexados ao IPCA, pois esses tendem a oferecer rentabilidade real superior à alta de preços. Guilherme Antunes, da RBR Asset, gestora dos fundos RBRX11, RPRI11 e PULV11, diz que o  é indicado fazer investimentos com foco em juros reais.

De acordo com Ricardo Colin, head de Crédito Privado da Drýs Capital e um dos gestores do INFB11, aponta que ativos de infraestrutura indexados à inflação apresentaram um excelente resultado no primeiro trimestre, acima do CDI no mesmo período.

ZAGH11 faz giro na carteira e divulga lucro de R$ 659,9 mil no mês

O fundo imobiliário ZAGH11 registrou um resultado operacional de R$ 659,9 mil em abril e distribuiu R$ 0,07 por cota referente a esse lucro. O valor representa um dividend yield de 0,68% no mês — o equivalente a 8,10% ao ano — com base na cotação de R$ 10,37 no dia do anúncio.

Apesar de um ambiente macroeconômico desafiador, o fundo conseguiu ampliar o volume de rendimentos recebidos, impulsionado, principalmente, pela distribuição realizada pelo SNLG11, FII que está em processo de liquidação. No campo operacional, o ZAGH11 destinou R$ 931 mil à SPE Escola Ética, recurso voltado para a finalização das obras do projeto.

Segundo a Zagros Capital, gestora do fundo, a carteira passou por ajustes no mercado secundário, com destaque para a redução de exposição a FIIs de tijolo e a adoção de uma estratégia long/short envolvendo FIIs de CRI. As movimentações visam adaptar a alocação frente às condições do mercado e preservar a geração de valor para os cotistas.

VGIA11 tem alta de 36,9% no lucro líquido e volta a elevar dividendos

O Fiagro VGIA11 terminou o mês de abril com um lucro de R$ 9,434 milhões, alta de 36,9% em relação ao mês anterior. Os dividendos subiram para R$ 0,12 por cota, depois do pagamento de R$ 0,115 no mês anterior, uma rentabilidade líquida equivalente ao CDI acrescido de 4,2% ao ano, considerando-se o preço médio de negociação das cotas durante o mês.

O volume de negociações em abril atingiu uma média diária de R$ 1,5 milhão, e o VGIA11 encerrou o período com 169.044 cotistas. Essa quantidade representa aproximadamente cerca de 30% do total de investidores nos Fiagros listados na B3, o que a Valora, gestora do fundo, considera um sinal de relevância no mercado.

A carteira do VGIA11 hoje é composta integralmente por Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), distribuídos em 30 ativos, totalizando aproximadamente R$ 903 milhões investidos. Além disso, o fundo mantém recursos alocados em instrumentos de caixa, garantindo liquidez contínua às operações.

Com inadimplência zerada, SNAG11 entrega lucro a 100% dos investidores

O SNAG11, Fiagro de crédito da Suno Asset, vem superando todos os seus benchmarks ao longo de quase três anos de listagem, e alcançou nesta semana um patamar que permite à gestão projetar que os mais de 110 mil investidores que ainda detêm cotas do fundo estão no lucro.

O estudo da Suno Asset realiza o ajuste das cotações a cada dia, desde a listagem do fundo, em agosto de 2022, a partir da distribuição de rendimentos. Por essa lógica, a rentabilidade total do SNAG11 no período é de 39,25%, enquanto o CDI do período ficou em 37,24%. O IFIX, índice que reúne os principais fundos imobiliários do mercado, está pouco acima de 20%.

Segundo os analistas da gestora, mesmo os investidores que compraram cotas a preços de mercado superiores aos de hoje conseguiram ter lucro, devido à distribuição de dividendos no período. 

Essa estabilidade na distribuição se dá principalmente pela tese de investimentos do SNAG11, estruturado como um fundo de crédito high grade, que privilegia o máximo de segurança na relação risco-retorno. Com isso, o Fiagro segue com inadimplência zerada e entregando dividendos recorrentes desde sua listagem na B3, em agosto de 2022.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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