FII de shopping BPML11 explica os principais acontecimentos no mercado
O mês de abril foi marcado pelo alastramento da transmissão comunitária do covid19 em todo país.
Os casos de pessoas diagnosticadas ao longo deste mês aumentaram mais do que dez vezes, porém era um crescimento esperado, dado principalmente ao aumento de testagem da população.
De toda forma, mesmo com a escalada dos casos, ainda não se sabe dizer se o país está na incidência de atingir o pico agora em maio. Acredita-se que como o Brasil apresenta dimensões continentais, este atingimento ocorrerá por regiões e que algumas delas já estejam bem perto do ápice.
A esfera política, por sua vez, os principais eventos ficaram a cargo das exonerações de alguns ministros e servidores.
A saída do Ministro da Saúde expôs a assimetria de posição existente no Governo quanto as medidas que devem ser adotadas para o enfrentamento da crise.
Alguns defendem um isolamento mais brando, que impacte menos a economia. No entanto, a maioria dos estados acabou adotando medidas mais rígidas de circulação, visando preservar os sistemas de saúde. Já com a saída do Ministro da Justiça, o país perdeu um nome reconhecido internacionalmente.
A esperança fica a cargo da equipe econômica, que vem sinalizando uma série de medidas para impedir que a retração econômica seja muito expressiva.
Além disto, o Mercado já precifica um novo corte da Selic, sendo que a maioria das casas já aposta numa queda maior que a última praticada, de 0,5% para 0,75%.
A redução vem com o intuito de incentivar a economia, uma vez que, barateia os créditos e incentiva a produção e o consumo, principalmente no cenário de baixa atividade econômica e de juros reais praticamente negativos que devemos vivenciar.
Neste mês de maio a gestão do BPML11 segue com a análise do Índice do Varejo, para observar como cada segmento irá enfrentar a crise instalada.
Em abril, tivemos a divulgação do índice ICVA de março, que mostrou uma queda real de 11,7% do varejo brasileiro, comparando-se com o mesmo período do ano anterior.
O resultado foi historicamente o mais negativo apurado pelo índice, que vem desde o início de 2014. O resultado foi impulsionado tanto pela baixa demanda, quanto pela restrição da oferta, dado que muitos lojistas tiveram que fechar temporariamente suas portas.
Os setores de Turismo e Vestuário foram os mais impactados. Já o destaque ficou com Supermercados e Farmácias que conseguiram apresentar crescimento nas vendas.
BTG Pactual Serviços Financeiros S.A
Patrimônio do BPML11
Com relação a carteira do BPML11, o BTG Pactual ressalta que todos os seus ativos permanecem fechados por decretos governamentais.
A expectativa é que no mês de maio comece a reabertura gradual, que deve começar pelo Sul, seguir para o Norte, até chegar no Sudeste, onde o Rio de Janeiro deverá ser o último a seguir com a abertura, destacou o BTG.
Importante ressaltar também que a equipe do BPML11 apresentou um êxito considerável na frente de redução condominial, conseguindo atingir cerca de 50% de corte de custos, que neste momento é crucial para preservação de caixa de seus lojistas, dando fôlego para manutenção de suas operações e adimplemento de suas obrigações.
Em relação ao comportamento da cota no mercado secundário da B3, o fundo apresentou negociações em 100% dos pregões no mês, transacionando cerca de R$ 1,6 milhões.
O valor de mercado encerrou em R$ 98,00 por cota, representando um aumento de 3,5% se comparado ao mês anterior, enquanto o IFIX apresentou um aumento de 4,4%.
Em abril o BPML11 distribuiu R$ 0,28 por cota, referente ao mês de fevereiro, dado a distribuição do fundo seguir o regime (M-2).
Em março não houve nenhuma alteração na composição do portfólio de Shoppings do fundo, sendo que a carteira permanece com 7 ativos, dos quais 3 estão alocados em sociedade de propósito específico (SPE).
Seu patrimônio líquido ao final de março era de R$ 435,1 milhões, sendo que a participação em imóveis somada com a participação em companhias fechadas totalizava R$ 830,2 milhões.
As aplicações financeiras se encontravam majoritariamente em fundos de renda fixa e totalizam R$ 54,2 milhões, inferior ao mês anterior, dado principalmente pela pagamento das obrigações e rendimentos do fundo.
Outro fator que influenciou esta redução foi o acerto de contas com os antigos proprietários de receitas locatícias que o fundo havia recebido mas que não eram de sua competência.
O resultado líquido do BPML11 em março foi negativo em R$ 459 mil. Sobre este valor, o BTG teve que considerar um ajuste gerencial positivo de R$ 1,2 milhões dado principalmente pelo ajuste de inadimplência dado o descasamento da contabilização caixa e competência. Assim, o resultado passível de distribuição ficou positivo em R$ 736 mil.
O BPML11 foi constituído em julho de 2019 e, desde então, adota uma gestão ativa de sua carteira. Seu objetivo primordial é investir em empreendimentos imobiliários caracterizados como Shoppings Centers.