Como funcionam os rendimentos dos FIIs de shopping?
Os FIIs de shopping costumam cobrar valores variáveis vinculados às receitas dos lojistas, diz o especialista em fundos imobiliários Marcos Correa.
Diferente dos aluguéis convencionais, os FIIs de shopping costumam cobrar valores variáveis vinculados às receitas dos lojistas, diz o especialista em fundos imobiliários Marcos Correa.
A dinâmica das receitas variáveis dos fundos de shopping é pouco mencionada, fazendo a diferença em datas comemorativas, como Natal e Dias das Mães.
Os fundos de shopping têm como principal fonte de renda os aluguéis das lojas. Mas alguns fundos também cobram uma taxa vinculada ao faturamento das lojas.
Ou seja, quando as lojas ultrapassam um determinado valor de faturamento, pagam uma taxa ao shopping, funcionando como uma espécie de participação de resultados.
Ao fazer uma análise sobre os fundos de shopping, é comum observar que nos períodos de maio e dezembro (que incluem as datas de Dia das Mães e do Natal) esses FIIs costumam registrar resultados melhores.
Dinâmica vantajosa para fundos e lojistas
Ao invés de cobrar dos lojistas um aluguel maior, prevendo o faturamento maior com os dias comemorativos, o fundo faz a cobrança sobre o excedente do faturamento do lojista.
Desse modo, em momentos mais conturbados, quando a situação não está favorável ao comércio, o lojista tem melhores condições para se manter no shopping e ainda continuar pagando o aluguel.
Assim, o fundo não deixa de arrecadar um valor fixo, suficiente para manter sua operação e para distribuir proventos aos cotistas.
Porém, quando os negócios melhoram e o faturamento dos lojistas volta a crescer, o fundo também se beneficia, recebendo parte desses resultados, que serão distribuídos aos cotistas.
Fundos de shopping estão se recuperando
Depois de passar pela pandemia da Covid-19, os fundos de shopping vêm se recuperando e os lojistas estão conseguindo recuperar seus faturamentos, voltando para patamares pré-pandemia.
Considerando um cenário de inflação mais controlada e juros menores a partir do segundo semestre de 2023, o varejo, assim como setor de shoppings, deve se beneficiar e melhorar os resultados.