Dividendos do SNFZ11 têm nova elevação; confira valor e datas
Dividendos do SNFZ11 têm origem no arrendamento de fazenda e na remuneração de CRAs que vão beneficiar a estrutura do imóvel.


O SNFZ11, Fiagro da Suno Asset com foco na valorização patrimonial, aumentou para R$ 0,065 por cota o valor dos dividendos que serão distribuídos referentes aos resultados de março.

É o maior patamar de distribuição desde a listagem do fundo, no meio do ano passado. Entre janeiro e março, os dividendos do SNFZ11 foram de R$ 0,06 por cota. De setembro a dezembro de 2024, o pagamento foi de R$ 0,055.
O valor representa um dividend yield mensal de 0,66% em relação ao valor de fechamento em 31 de março, de R$ 9,79. Desde a primeira distribuição, o valor somado dos rendimentos do SNFZ11 é de R$ 0,465 por cota, o que significa um retorno de 4,74% no período, considerando o mesmo valor de referência.
A Data Com da distribuição é no dia 15 de abril, ou seja, compradores das cotas do SNFZ11 até esse dia farão jus aos dividendos, cujo pagamento está previsto para o dia 25. Pessoas físicas são isentas de tributação.
Dividendos do SNFZ11: saiba mais sobre o fundo
Embora a prioridade do SNFZ11 seja a valorização de seus imóveis, a Suno Asset optou por compartilhar com os cotistas a receita que vem de duas fontes distintas: o arrendamento das terras da Fazenda Coliseu, imóvel em Gaúcha do Norte (MT), e os juros de dois CRAs, ambos emitidos pela Jequitibá Agro, a mesma empresa responsável pelo arrendamento da fazenda.
A decisão foi tomada para manter a atratividade do fundo no mercado de Fiagros, no qual a estabilidade na distribuição de proventos é fundamental para a escolha de um investidor. Hoje, o SNFZ11 tem cerca de 3.500 cotistas.
Na semana passada, o Fiagro SNFZ11 havia informado que a produção apurada de soja para a safra verão 2024/25 na Fazenda Coliseu foi de 29.351,06 sacas líquidas, ou 68,51 sacas por hectare. Esse resultado deve modificar o cálculo do arrendamento pago mensalmente pela Jequitibá Agro para 17,13 sacas por hectare, ou 25% da produção, em vez das 15 sacas por hectare do acordo inicial.
O novo indicador já será usado no cálculo do valor a ser pago em abril pela arrendatária. Além disso, o fundo deve receber de forma retroativa a diferença em relação ao valor pago nos meses anteriores, de 2,13 sacas por mês.
No último relatório gerencial divulgado pelo SNFZ11, referente ao mês de março, o Fiagro reportou uma receita de R$ 55,4 mil obtida do arrendamento. Esses valores oscilam mensalmente porque o preço da soja depende de uma série de fatores, inclusive da variação do dólar.
Entenda por que CRAs valem o triplo
Já os CRAs que fazem parte do portfólio do SNFZ11 foram emitidos pela Jequitibá Agro para a realização de obras estruturais na fazenda. O foco principal foi a criação de um sistema artificial de irrigação, a fim de reduzir a dependência das chuvas.
A Suno Asset adquiriu esses CRAs durante a estruturação do fundo para garantir um pagamento recorrente de dividendos até a realização do objetivo principal do Fiagro, que é a potencial revenda com lucro da fazenda. A vantagem é que os CRAs contribuem não só para a receita recorrente, mas também terão impacto positivo na valorização patrimonial do imóvel.
Desta forma, pode-se dizer que os CRAs beneficiam o Fiagro de três diferentes formas:
- Renda dos juros e correção dos CRAs, que têm remuneração média de CDI + 4,00% ao ano. Essa receita tende a subir nos próximos meses devido à alta da Selic, que puxa consigo o CDI.
- Aumento da produtividade, que tende a estimular também só a valorização da fazenda, além de impactar positivamente no valor do arrendamento mensal, que é feito a partir de um percentual da produção. Assim, se a venda aumenta, o valor recebido pelo SNFZ11 pela cessão da terra também cresce.
- Valorização do imóvel, a partir da melhoria das condições estruturais; a Coliseu deve ser alvo de reavaliação de valor justo ainda no primeiro semestre deste ano, e vale lembrar que a aquisição pela Suno Asset foi feita com 30% de desconto sobre o valor do laudo atual.
A equipe de gestão do SNFZ11 acompanha também outros fatores de potencial valorização do imóvel, como o incremento da infraestrutura na região, com pavimentação de estradas próximas e projetos de linha férrea.
A tendência é que tudo isso, combinado, contribua para o sucesso da tese de investimentos do fundo no médio e longo prazo. Enquanto essa venda não acontece, o fundo mantém sua distribuição mensal de dividendos aos cotistas.