FI-Infra volta ao radar diante da alta da inflação e retorno de rendimentos

FI-Infra volta ao radar diante da alta da inflação e retorno de rendimentos
FI-Infra - Foto: Pixabay

A alta dos preços voltou a ganhar fôlego no Brasil. Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 1,31%, a maior alta para o mês desde 2003. A inflação mais alta reforça o alerta sobre a perda do poder de compra e reacende a busca dos investidores por ativos que ofereçam proteção contra a inflação, o que é a meta de muitos fundos de infraestruturas (FI-Infra).

No Boletim Macrofiscal divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, a projeção para o IPCA de 2025 subiu de 3,6% para 4,9%, ultrapassando o teto da meta, que é de 4,5%. Diante desse cenário, fundos atrelados ao índice de preços, como os FI-Infra e os FIIs de papel, voltam ao radar como instrumentos eficazes para preservar o poder de compra e buscar retornos reais.

Neste cenário, o INFB11 tem como estratégia possuir uma carteira 100% indexada à inflação, oferecendo uma taxa equivalente a IPCA + 8,99% ao ano.

Com a projeção de um IPCA de 5% nos próximos 12 meses, a rentabilidade estimada do fundo é de 14,44% ao ano — rendimento isento de imposto de renda, o que equivale a mais de 1,13% ao mês. O fundo também mira um retorno 2% ao ano acima do IMA-B5, índice de títulos públicos ligados à inflação.

Outro fundo que se beneficia diretamente do IPCA é o KDIF11, que distribuiu R$ 1,50 por cota recentemente, com uma a taxa implícita de IPCA + 8,08% em termos nominais.

Já o FI-Infra BIDB11 encerrou janeiro com lucro líquido de R$ 3,15 milhões e rendimento mensal de 1,45%, com distribuição de R$ 1,05 por cota. Apesar do impacto da curva de juros reais sobre a cota patrimonial, o fundo segue com carrego atrativo, de IPCA + 9,39% ao ano.

Vale destacar que investidores também buscam alternativas no mercado de cotas mais descontadas, sobretudo com fundos indexados ao CDI que oferecem bons prêmios.

O AZIN11, que é um fundo de participação em infraestrutura (FIP-IE) também chama atenção, com um dividend yield médio de 19,62% ao ano nos últimos 12 meses, retorno implícito de IPCA + 8,08% e forte histórico de performance desde o início.

Com distribuição de R$ 1,30 por cota em fevereiro, o fundo é visto como um instrumento robusto de proteção contra a inflação no cenário atual.

FI-Infra indexado ao CDI também é interessante para proteção da alta dos juros

Além da inflação elevada, outro aspecto que incomoda o mercado é a alta da taxa Selic, atualmente em 14,25%. Com o CDI mais elevado, os investimentos em renda fixa ficam mais atrativos, inclusive os FI-Infra.

Diferentemente de outros fundos que acompanham títulos IPCA+, outros fundos do mercado, como o CDII11, BODB11 e SNID11 possuem ativos indexados ao CDI.

Entre os fundos citados, o SNID11 possui uma carteira diversificada por meio de operações de swap, estratégia que garante maior estabilidade na cota patrimonial.

“O fundo transforma sua exposição para CDI sem alterar a natureza dos títulos. Isso traz previsibilidade para o investidor e protege contra oscilações excessivas no mercado”, explica a gestão do fundo.

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foto: Vinícius Alves
Vinícius Alves
Jornalista

Jornalista formado na Faculdade Cásper Líbero. Com passagens pela Agência Estado e Editora Globo.

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