Fiagros seguem fortes para 2024; e os FIIs? Veja a análise de gestores

Em live transmitida no canal do YouTube da XP, especialistas pontuaram suas visões para os FIIs e fiagros em 2024; confira

Fiagros seguem fortes para 2024; e os FIIs? Veja a análise de gestores

Diante de uma variedade de fundos imobiliários (FIIs) e outros produtos listados, os fiagros têm uma tendência de crescimento forte, sobretudo com a baixa da taxa de juros prevista para o próximo semestre, em 2024, de acordo com a avaliação de Idalicio Silva, gestor da AZ Quest.

Os gestores Pedro Carraz, da XP Asset e Brunno Bagnariolli, da Mauá Capital, também mostraram otimismo com os FIIs em virtude da redução da taxa de juros nos próximos meses.

“O agronegócio tem surfado uma onda diferente dos outros mercados, uma vez que o aumento da taxa de juros normalmente sacrifica produtos e crescimento. No agro foi ao contrário.”, comentou o especialista durante uma live transmitida no canal do YouTube da XP.

Com isso, Idalicio, responsável pelos fiagros AAZQ11 e AZQA11 reforçou que o mercado agrícola cresceu consideravelmente nos últimos três anos e, apesar de uma esperada desaceleração no segundo semestre deste ano, as perspectivas ainda continuam otimistas.

Com isso, ele explicou que a tendência de crescimento do agronegócio é sustentada pela capacidade das empresas do setor de se destacar mesmo diante de um cenário de juros altos. “A medida que o juro baixa um pouco, você vai ver um impulso crescendo ainda mais”, disse Silva.

“Para 2024, espera-se uma consolidação desse movimento com o agronegócio se tornando um segmento cada vez mais atraente para investimentos”, completou.

Diante desse cenário, o especialista ressaltou que o fiagro tem impulsionado e crescido de maneira bastante forte e sólida. “A gente não só entendeu como percebeu que tem oportunidade para vários tipos de produtos. Os fundos oferecem uma variedade de instrumentos para alocação de portfólio, garantindo resultados relevantes na geração de dividendos e rendimentos mensais atraentes para os investidores”, avaliou.

O fundo gerido pela AZ Quest possui um dividend yield de 15,57%, investindo em diferentes ativos de crédito ligado ao setor do agronegócio.

Quais FIIs tendem a performar melhor?

Pedro Carraz, gestor de FIIs da XP Asset, destacou que a queda de juros será benéfico de uma forma geral para cada um dos setores de acordo com suas especificidades.

Na avaliação de cada segmento, Carraz enxerga o setor de lajes corporativas como sendo mais “nebuloso”, uma vez que possui correlação com o Produto Interno Bruto (PIB) do país, e o novo modelo de trabalho que a pandemia trouxe, que na visão do especialista tende a prejudicar o setor.

Em contrapartida, os setor mais resilientes para Carraz são shoppings e renda urbana. Já o setor de lajes corporativas, tendem a performar bem, porém de maneira mais lenta.

“Do ponto de vista de perspectiva para 2024, a gente está vendo um crescimento menor do que vimos em 2021, mas é um crescimento muito saudável e que continua relevante, de modo que a gente continua com uma visão bem positiva, ainda que, na minha opinião pessoal, em um ritmo de crescimento um pouco menos favorável do que vejo para shopping e renda urbana”, avaliou.

O sócio da Mauá Capital, Brunno Bagnariolli, por sua vez, destacou que o nível da taxa de juros vai influenciar negativamente os dividendos, principalmente os FIIs de papel, apesar disso, o especialista tem uma visão positiva, tanto para os fundos de papéis como os FIIs de tijolos.

“Eu diria que ano que vem vai ser um ano em que veremos de novo uma retomada dessa captação, tanto no segmento de papéis que chegou a grande parte do ano sendo o que estava captando mais, e em alguns momentos sendo o único, mas acho que a gente viu o tijolo voltar, e isso tende a continuar também no ano que vem”, pontuou.

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foto: Vanessa Loiola
Vanessa Loiola

Jornalista formada pela PUC-SP e pós-graduanda em jornalismo de dados, automação e data storytelling pelo Insper. Possui experiência na cobertura das editorias de economia, finanças, bolsa de valores, política, setor elétrico, eletromobilidade e entretenimento.

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