Fiagros: SNFZ11 mira valorização patrimonial em estratégia complementar ao SNAG11

A região onde estão localizadas as fazendas do SNFZ11, no Centro-Oeste, apresentou uma valorização significativa nos últimos 12 meses.

Fiagros: SNFZ11 mira valorização patrimonial em estratégia complementar ao SNAG11
SNFZ11 mira valorização de fazendas - Foto: Pexels.

A Suno Asset lançou um novo fundo de investimento focado no agronegócio brasileiro, o SNFZ11, que será listado no próximo dia 16 de agosto. O Fiagro, que estará disponível para o público geral com cotas a partir de R$ 10, mira uma potencial de valorização patrimonial em fazendas.

Amanda Coura, diretora geral da Suno Asset, destaca que a região onde estão localizadas as fazendas do SNFZ11, no Centro-Oeste, apresentou uma valorização significativa nos últimos 12 meses. “Se a gente foca na região Centro-Oeste especificamente, que é onde as fazendas do SNFZ estão, nesse intervalo de 12 meses teve uma valorização de mais de 40%”, diz Coura.

Pegando um intervalo maior, segundo a gestora, nos últimos 15 anos, a valorização de terras no estado foi mais de 350%.

Dessa forma, o SNFZ11 é um Fiagro estruturado como fundo imobiliário (FII), o que permite ao investidor uma participação em ativos agrícolas a partir de um investimento inicial acessível. “A partir de R$ 10, você passa a ter uma participação em uma fazenda muito bacana, que fica lá no Mato Grosso,” explica a gestora.

O fundo foi lançado com um patrimônio inicial de R$ 62 milhões, sendo que metade dos recursos está investida em fazendas na região do Mato Grosso. Essas fazendas geram receita através do arrendamento para o plantio de soja, com rendimentos atrelados ao preço do saco da soja.

A outra metade do patrimônio do fundo está alocada em um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), que será utilizado para implementar um sistema de irrigação nas próprias terras do fundo. “Esse CRA se destina para implementar um sistema de irrigação em cima das próprias terras do fundo, que vão deixar elas mais produtivas, vão gerar um valor agregado, a irrigação por si só já traz uma valorização da terra, e essa dívida tem um custo também, os juros que a gente recebe todos os meses, e junto com o valor do arrendamento, vira rendimento para os cotistas,” detalha Cora.

Além do SNFZ11, a Suno Asset já oferece outro fundo agrícola, o SNAG11. Segundo Coura, ambos os fundos podem coexistir na mesma carteira de investimentos, oferecendo estratégias complementares.

“Tanto SNFZ quanto SNAG, eles podem estar na mesma carteira. Você pode ter um na sua carteira que te rende esses rendimentos potenciais todos os meses, né? Enquanto o outro, ele é uma tese mais de médio e longo prazo, para uma valorização potencial que você recebe com a valorização das terras dentro dele,” comenta Coura.

SNFZ11: quanto será o dividend yield do fundo?

De acordo com Amanda Coura, o SNFZ11 já apresenta uma projeção de rendimento anual aproximado de 7%, conforme detalhado no relatório gerencial.

“Essa distribuição será mensal porque recebemos tanto arrendamento quanto juros do CRA todos os meses e conseguimos distribuir para os cotistas também mês a mês. A gente já traz esse guidance no relatório gerencial, que dá um rendimento aproximado de 7% ao ano”, afirma Coura.

O SNFZ11 se assemelha, em muitos aspectos, a um fundo imobiliário tradicional, especialmente aos chamados “fundos de tijolo“, que investem em imóveis físicos e geram renda através de aluguéis.

“Quando a gente compara o SNFZ, ele é muito parecido com o fundo de tijolo, se a gente traz para a realidade dos fundos imobiliários, que os investidores já estão mais acostumados, que têm essa tese de valorização real também,” cita Coura.

Qual que é a diferença do SNFZ11 para o SNAG11?

Os dois Fiagros da Suno Asset, SNFZ11 e SNAG11, compartilham a característica híbrida de alocar recursos tanto em dívidas quanto em imóveis. No entanto, cada fundo possui estratégias distintas.

O SNAG11, primeiro Fiagro da Suno Asset, é focado majoritariamente em investimentos em dívidas do setor agro, especialmente em CRAs. “A maior parte do portfólio do SNAG desde o seu nascimento, e vai ser assim para o futuro também, é a alocação em dívidas do segmento agro,” explica Coura.

O objetivo do SNAG11 é gerar retornos mensais para os cotistas, acompanhando o CDI e oferecendo uma estratégia estável para quem busca rentabilidade recorrente.

Por outro lado, o SNFZ11 também investe em dívidas, com metade de seu patrimônio alocado em CRAs, mas sua principal tese é a valorização patrimonial no médio e longo prazo.

“O SNFZ11 tem essa dívida, metade do patrimônio, que nos ajuda a ter esse yield competitivo de 7% ao ano, mas a principal tese dele não é distribuir o total arrecado todos os meses, igual o SNAG. A tese dele é valorização patrimonial no médio e longo prazo,” destaca Coura.

Veja mais detalhes do novo fundo da Suno Asset

A listagem do fundo na B3 ocorrerá no dia 16 de agosto. A partir dessa data, os investidores poderão comprar e vender cotas do SNFZ11. O fundo emitiu 6,2 milhões de cotas a R$ 10,00 cada em sua captação inicial.

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foto: Vinícius Alves
Vinícius Alves
Jornalista

Jornalista formado na Faculdade Cásper Líbero. Com passagens pela Agência Estado e Editora Globo.

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