FII SNME11: analista explica como giro de CRIs gera rendimentos ao cotistas
Em setembro, o fundo SNME11 distribuiu 10 centavos por cota, com pagamento realizado no dia 25 de outubro.
Em setembro, o FII SNME11 distribuiu R$ 0,10 por cota em dividendos, com pagamento realizado no dia 25 de outubro. Essa distribuição manteve o padrão dos meses anteriores e acumulou um lucro de R$ 0,0152 centavos por cota no mês.
O rendimento anualizado foi de 13,24%, enquanto o rendimento médio da carteira de CRIs atingiu 18,65%. A cota patrimonial fechou em R$ 9,63 e a de mercado em R$ 9,60, com um P/VP de 0,99.
O analista Bruno Zocchi, da Suno Asset, destaca que a alta da Selic e o aumento das expectativas de juros futuros impactaram o retorno dos ativos indexados ao CDI. “A abertura das curvas de juros aumenta a taxa de desconto, causando uma leve retração no valor patrimonial do fundo”, explicou Zocchi, referindo-se aos CRIs com taxas pré e pós-fixadas, como IPCA + 10% e CDI + 4%.
No mercado secundário, a cota do SNME11 teve uma leve queda de 51 pontos-base, em linha com a retração de 2,58% do IFIX, influenciada pelo aumento nas taxas do Tesouro, como a NTNB, que subiu de 6,24% para 6,5%. Para o SNME11, o rendimento total no mês foi de 0,52%, considerando o retorno da cota e o pagamento de rendimentos.
Cotação SNME11
Com 66,59% da carteira alocada em CRIs, o fundo viu oportunidades no mercado secundário devido à queda dos preços. Além disso, o SNME11 gerou ganho de capital com operações de compra e venda de cotas do SNEL11 e ajustes na carteira de CRIs, totalizando R$ 152 mil líquidos. Zocchi explicou que o giro dos CRIs destrava correções monetárias acumuladas e gera caixa para distribuição aos cotistas. “A venda do ativo com lucro permite distribuir rendimentos”, ressaltou.
FII SNME11: Carteira e Liquidez
Em setembro, o fundo imobiliário SNME11 finalizou o mês com 66,59% do PL em CRIs e 27,00% em cotas de FIIs. Ao longo do mês, em relação à carteira investida em cotas de Fundos de Investimento Imobiliário, os principais detratores de retorno patrimonial foram TGAR11, VRTM11 e RBRP11, em linha com a retração do IFIX no mês.
A alocação em CRI seguiu contribuindo positivamente com a performance do FII ao longo do período, atribuindo para o resultado do mês aproximadamente 1,07% em juros e correção monetária recebidos sobre o patrimônio investido nesta classe de ativos. Considerando o giro de CRIs no mês, o retorno total foi de 1,37%.
Veja a Live do SNME11
Como FII multiestratégia, também chamado de “hedge fund”, o SNME11 tem mandato para adquirir qualquer tipo de ativos imobiliários: CRIs, Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), cotas de outros FIIs, ações de empresas do setor e imóveis, prontos para locação ou em fase de incorporação e desenvolvimento.