FIIs ou ações? Especialistas debatem sobre qual melhor opção
Com a recente valorização das ações no mercado de capitais, muitos investidores têm questionado sobre qual melhor veículo de investimento: FIIs ou ações? Além disso, o mercado de FIIs tem parecido menos atrativo para muitos, haja vista as recentes quedas do IFIX.
Por isso, em um bate-papo no canal do Youtube do analista da Suno, Marcos Baroni, Otmar Schneider – analista CNPI – e Helon Florindo (especialista em investimentos) debateram sobre o assunto.
Uma das críticas relacionadas à polêmica entre FIIs ou ações se refere ao “problema” de alocar capital em fundos. Muitos consideram que investir diretamente em imóveis é melhor.
Porém, Otmar Schneider lembrou que de fato investir em imóveis de maneira direta é interessante. Mas quando você quer ter acesso a imóveis de alto padrão, é necessário ter muito capital.
Porém, essa não é a realidade da maioria das pessoas. Portanto, os fundos imobiliários são veículos mais simples para investir em imóveis de qualidade com uma performance muito interessante, gerando dividend yield maiores que no mercado direto.
Ninguém nunca ficou rico com fundos imobiliários. Será?
Os especialistas rebatarem uma objeção sobre os FIIs, que afirma que “ninguém fica rico com FIIs”. Otmar comentou que se muitos ficam “ricos por meio de ações”, da mesma forma é possível alcançar a independência financeira por meio de fundos imobiliários. Na visão do analista, ninguém fica rico com ações ou FIIs. “A pessoa precisa trabalhar e fazer aportes na bolsa, tendo um retorno financeiro sustentável”.
Foi exatamente isso que Baroni comentou sobre tal polêmica. Na visão do analista da Suno, o mercado de FIIs é recente, sendo que apenas nos últimos 4 anos ele alcançou maior liquidez. Porém, no longo de muitos anos, muitas pessoas se enriqueceram investindo em imóveis, objetos de investimento dos FIIs.
FIIs ou ações: rebatendo o argumento de que ações são melhores
Uma carteira de diversificada que tenha renda fixa, ações e FIIs que geram fluxo de caixa é uma excelente opção. Pelo menos foi isso que destacou Helon Florindo. O que faz a diferença é justamente compor uma carteira com equilibrando risco e retorno. “Você colocar na sua carteira ativos que fazem sentidos para sua estratégia é o que faz total sentido”, afirmou.
Baroni complementou o raciocínio de Florindo, mostrando que as pessoas que se enriquecem com FIIs ou ações alcançam sucesso por meio da disciplina e persistência, aguentando situações de volatilidade e muitas ver o patrimônio caindo, mas conseguir manter o equilíbrio e continuar investindo.
Em outras palavras, tanto FIIs quanto ações possuem vantagens e desvantagens, o que não invalida a existência de ambos em uma carteira diversificada. Por um lado, ações são mais vantajosas porque oferecem:
- Maior valorização
- Possibilidade maior de ganho de capital
Mas o investimento em FIIs não fica em desvantagem, afinal, o investimento em fundos possui peculiaridades que trazem bastante retorno no longo prazo, como por exemplo:
- Rendimentos constantes
- Reposição da inflação principalmente pelos FIIs de CRI
Por fim, os especialistas em investimentos concordaram que na “disputa” entre FIIs ou Ações, é impossível determinar quem é o melhor. Existe um potencial de valorização nas ações que não vemos nos FIIs, mas a capacidade geradora de renda e previdenciária dos fundos não pode ser desprezada.