FIIs: quais os principais riscos e perfis para investir?

O professor Baroni deu dicas para os investidores sobre os riscos envolvendo os FIIs, com destaque para os de tijolo. Confira.

FIIs: quais os principais riscos e perfis para investir?
FIIs: quais os principais riscos e perfis para investir?. Foto:Pixabay

Os Fundos Imobiliários (FIIs) são uma forma de investimento para diversificar o portfólio e ter um fluxo de rendimentos mensais. No entanto, existem alguns riscos que o investidor precisa estar atento.

Em entrevista ao Kritikê Podcast, Marcos Baroni, analista CNPI e especialista em FIIs da Suno Research, afirma que há Fundos mais conservadores, moderados e arrojados. 

“Se você é um investidor e tem um perfil geral mais conservador, você vai dedicar uma parcela para FIIs e dentro dessa parcela alocar em ativos mais conservadores, mesmo que isso signifique um yield menor”, explica Baroni. 

O analista cita o exemplo dos FIIs de tijolo, no qual existem os segmentos de lajes corporativas, galpões logísticos e shopping centers. 

No caso dos shopping centers, tem complexos mais dominantes em algumas regiões e outros que ainda esperam um crescimento em cidades menores. De acordo com Baroni, essa localização geográfica é um dos fatores que pode caracterizar se um investimento vai ser de maior risco ou não. 

Além disso, é preciso ver a curva de maturidade do shopping, quem administra, resultados por metros quadrados e o adensamento demográfico. 

“Não tem como comparar um ativo que está no coração da Faria Lima com um ativo que está em uma região terciária, com menos atratividade”, afirma Baroni. 

Dentro dos galpões logísticos há também uma variação de risco dependendo da distância de centros urbanos.  “Por exemplo, se você pega fundos em raio 15km ou 30 km de regiões metropolitanas é um investimento mais conservador. Se você tem fundos mais afastados como raio 60km, ele é mais arrojado”, explica o analista. 

Atualmente, segundo Baroni, existem galpões logísticos excelentes em Goiás e Pernambuco, por exemplo. Um dos fatores para essa expansão regional foi a pandemia e a visão de que estar próximo dos centros urbanos agrega valor ao ativo logístico. 

Porém, o analista destaca que o divisor de água da precificação de um fundo imobiliário é o Produto Interno Bruto (PIB). Consequentemente, o investidor precisa estar atento ao cenário macroeconômico. 

FIIs: Evolução do mercado

De acordo com Baroni, vários FIIs mostraram aos investidores serem capazes de melhorar seus rendimentos por cotas, seja por repasse inflacionários ou reciclagem da carteira (venda e compra dos ativos).

Associado a isso, diz o analista, os relatórios gerenciais estão cada vez mais robustos e o mercado vive uma maior transparência, com gestores participando de lives e ativos em suas comunicações.

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foto: Vinícius Alves
Vinícius Alves
Jornalista

Jornalista formado na Faculdade Cásper Líbero. Com passagens pela Agência Estado e Editora Globo.

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