EXES11 dobra patrimônio e supera projeções de dividendos com yield de 17,3%
O fundo imobiliário EXES11, gerido pela Éxes Investimentos, encerrou setembro com resultado líquido de R$ 2,24 milhões, mantendo o ritmo de crescimento após concluir sua 5ª emissão de cotas — operação que dobrou o patrimônio líquido do fundo. Com o reforço de capital, a gestora ampliou o número de ativos investidos e aumentou a diversificação setorial.

O EXES11 se posiciona como um fundo middle grade, concentrado em ativos de originação e estruturação proprietária. Todos os investimentos atuais estão em classe sênior ou classe única, o que, segundo a gestora, garante uma relação equilibrada entre rentabilidade e risco. “Essa capacidade de estruturar operações próprias é o principal diferencial competitivo do fundo”, afirma o relatório.
A distribuição de dividendos referente a setembro foi de R$ 0,13 por cota, o equivalente a um dividend yield mensal de 1,34% sobre o valor patrimonial. Nos últimos 12 meses, o retorno acumulado chega a 16,79%, superando a projeção inicial divulgada no prospecto da 4ª emissão, que indicava 13,79%. Se anualizado, o rendimento equivale a 17,32% ao ano.
Além disso, o fundo mantém reserva de lucro de R$ 0,09 por cota para garantir estabilidade nas distribuições mensais. Para as novas séries, o EXES13 distribuiu R$ 0,076 por cota e o EXES15, R$ 0,017 por cota. A 5ª emissão, concluída recentemente, projeta uma rentabilidade indicativa de 16,16% para os próximos 12 meses — embora a gestora ressalte que a projeção não constitui garantia de retorno.
Fundo imobiliário EXES11: novas alocações e investimentos
Durante o mês, o fundo realizou a aquisição do CRI ACOI – Ilhas Gregas, ativo estruturado pela própria Éxes para financiar a construção de um empreendimento residencial vertical em Itupeva (SP), cidade a cerca de 70 km da capital. O projeto já possui 70% das unidades vendidas e 20% de avanço nas obras. O título é remunerado a CDI + 4% ao ano e conta com garantias adicionais das unidades do permutante terrenista.
Além disso, a gestão fez um investimento tático no FIAGRO Araguaia (AGRX11), totalizando R$ 27,8 milhões. As cotas foram adquiridas a R$ 7,94, com deságio de cerca de 25% em relação ao valor patrimonial. O FIAGRO distribuiu R$ 0,12 por cota nos últimos meses, o que representa um dividend yield mensal de 1,51% sobre o preço de compra.
De acordo com a gestora, o investimento combina carrego positivo e potencial de valorização, considerando o desconto em relação ao valor patrimonial. “O bom resultado mensal nos permite aguardar o tempo necessário para que os preços convirjam”, destaca o relatório. O AGRX11 ainda possui reserva de R$ 0,39 por cota, o que confere conforto quanto à continuidade das distribuições.
Pipeline e novos CRIs em negociação
A Éxes informou estar em negociações avançadas para três novos CRIs, que devem ampliar a diversificação do portfólio nos próximos meses.
- CRI I – Incorporação vertical residencial, CDI + 5% a.a., volume de R$ 50 milhões;
- CRI II – Giro de estoque de unidades prontas, IPCA + 11% a.a., volume de R$ 15 milhões;
- CRI III – Incorporação vertical residencial, CDI + 5% a.a., volume de R$ 32 milhões.
A gestora também informou que, com o novo capital, busca manter uma composição equilibrada entre ativos indexados ao CDI e ao IPCA. Em setembro, os ativos atrelados ao CDI passaram a representar 45% da carteira, após novas aquisições e amortizações de projetos finalizados.