PORD11 paga maiores dividendos em 21 meses e revela mudanças na carteira
O fundo imobiliário PORD11 encerrou setembro com um resultado de R$ 3,318 milhões, abaixo dos R$ 3,86 milhões apurados em agosto.

A receita proveniente dos ativos do PORD11 somou R$ 2,904 milhões, enquanto o resultado financeiro adicionou R$ 1,009 milhão ao total do mês.
Mesmo com a leve queda no lucro, o fundo PORD11 aumentou seus dividendos. Assim, foram R$ 3,728 milhões em dividendos no período, equivalentes a R$ 1,00 por cota, o maior patamar alcançado nos últimos 21 meses.
Nos últimos doze meses, os rendimentos do PORD11 acumularam R$ 1,096 por cota, representando um dividend yield anualizado de 13,63%, tomando como referência a cota de R$ 8,04.
Esse retorno equivale a IPCA + 8,00% (ou IPCA + 10,28% com gross up de IR), considerando duration de três anos. O fundo ainda carrega R$ 0,064 por cota em inflação acumulada não distribuída e mais R$ 0,014 por cota de saldo residual.
O que mudou na carteira do PORD11 em setembro?
Entre as movimentações recentes, o fundo imobiliário PORD11 concluiu em setembro a liquidação do CRI Zircon, equivalente a 3,16% de seu patrimônio líquido.
Essa operação tem como lastro créditos concedidos à incorporadora Zarin, sediada no interior paulista e ativa desde 2008 em diversos segmentos imobiliários, de loteamentos e empreendimentos residenciais a galpões logísticos.
O papel conta com taxa de CDI + 4%, e conta com garantias robustas, equivalentes a 230% do saldo devedor, considerando tanto o valor de venda forçada dos ativos reais quanto o valor presente dos recebíveis vinculados.
Já em outubro, a gestora do FII PORD11 adicionou o CRI Kallas à carteira, a uma taxa de CDI + 2,5%, o que representa 0,83% do patrimônio líquido.
No mesmo período, houve continuidade na amortização do CRI Novo Mundo, cuja exposição foi reduzida em 2,75% em setembro e mais 2,20% em outubro, restando agora apenas 0,98% do patrimônio alocado nesse ativo.
A carteira do PORD11 também passou por ajustes com a venda das debêntures da JHSF, que respondiam por 1,7% do patrimônio.
Aproveitando o fechamento dos spreads, a gestora do PORD11 encerrou a posição que foi adquirida em fevereiro a CDI + 1,7%, por CDI + 1,25%, o que resultou em ganho de capital.