Acabou a era dos Fundos de Papel? Veja a resposta de analista
Com a queda nas cotas dos fundos de papel e a recente redução dos seus rendimentos, uma pergunta comum entre os investidores é: “Acabou a era dos fundos de papel”? Para responder essa questão, o analista e sócio da Suno, Marcos Baroni, tirou essa dúvida comum dos investidores de fundos imobiliários.
De forma bastante direta, Baroni não vê o fim dos fundos de CRI, que são FIIs que investem na dívida do setor imobiliário através dos certificados de recebíveis imobiliários (CRI).
O analista acredita que agora é que as oportunidades para esses fundos estão surgindo. A deflação deixou de ser uma realidade, com a inflação voltando a patamares “normais” no Brasil. Na verdade, o analista pondera que o IPCA não está “galopante”, como em períodos anteriores, mas muito próximo de uma estabilidade. E isso é positivo para os fundos de CRI.
De fato, as previsão dos analista de mercado é que a inflação termine 2022 em 5,92%, segundo projeção do Boletim Focus. Para 2023, é esperada uma inflação de até 5,08%.
Ou seja, pelos próximos 6 a 12 meses com uma inflação estável, os fundos imobiliários de papel pagarão bons rendimentos, sem as oscilações negativas dos meses de deflação.
Deflação fez um desarranjo nos fundos de papel, comenta Baroni
Como a inflação veio negativa durante 3 meses em 2022, os investidores ficaram confusos e temerosos com os resultados dos fundos de papel, principalmente aqueles que possuem ativos indexados ao IPCA.
O analista também comenta que essa acomodação da inflação ajuda os fundos de papel em relação ao risco. Durante parte de 2021 até metade do ano atual, a inflação estava realmente a níveis desconfortáveis, sendo um risco para os devedores dos FIIs de CRI. Com a inflação estável, o risco de crédito fica menor, trazendo maior estabilidade ao mercado de crédito imobiliário.
Portanto, os fundos de papel estão longe de perderem sua relevância no mercado, pelo contrário. Baroni vê ainda muito espaço para o crescimento desses fundos, uma vez que eles ajudam a financiar o setor imobiliário como um todo.