Os fundos imobiliários estão baratos para 2023, afirma gestora do MGFF11
Se o ano de 2022 é considerado um dos mais desafiadores para o mercado de fundos imobiliários, na visão da Mogno Capital, estamos em uma situação interessante para 2023: “os FIIs estão muito descontados”, afirma o gestor Daniel Caldeira.
Quando fundos imobiliários são analisados individualmente, é fácil perceber que os bons FIIs estão indo muito bem. “A vacância está baixa, preço de aluguel subindo, ocupação muito boa. Além disso, os fundos imobiliários estão sendo negociados a preços muito atrativos”, comenta Caldeira.
Para deixar mais claro seu argumento, o gestor da Mogno Capital comenta sobre o setor de lajes corporativas. Nas regiões mais valorizadas de São Paulo, como Itaim e Faria Lima, os locatários sabem que no ano que vem o revisional dos aluguéis será bastante elevado. Para os fundos imobiliários, isso é positivo.
Porém, o cenário econômico continua nebuloso. Na verdade, há um motivo para os fundos imobiliários entrarem no ano de 2023 tão baratos. “Os juros futuros que estavam em torno de 11%, agora estão em 14%”, destaca Caldeira.
O cenário de incertezas também cria oportunidades para os fundos imobiliários
A Mogno Capital acredita que é um trabalho bastante delicado olhar os fundos que são boas oportunidades. Se o contexto econômico prosseguir incerto e sem sinais de melhora, as coisas podem ficar bastante complicadas. Mas não existe espaço para pessimismo. A gestora do MGFF11 acredita que mesmo com incertezas para 2023, a renda dos fundos imobiliários continua atrativa.
Caldeira diz que quando analisa um fundo de logística com portfólio diferenciado, dividend yield elevado, vacância baixíssima, mas observa o cenário de juros elevados, ele pondera: “tudo bem, eu vou receber entre 10% a 12% líquido por ano. Isso significa que estamos sendo bem remunerados para esperar o cenário macroeconômico melhorar”.
Se a economia segue com muitas incertezas para 2023, a dinâmica do mercado imobiliário para o ano que vem é positiva. “O próprio cenário macro desafiador torna os FIIs mais atrativos”.
Em cenário de inflação alta, o custo de reposição dos ativos de tijolo sobe muito. E o próprio juro alto, que atrapalha a precificação dos fundos, faz que o incorporador tenha dificuldades para fazer novos projetos, gerando menor competição dos portfólios dos fundos. O resultado disso é uma possível valorização dos ativos dos fundos imobiliários.
Portanto, a gestora está confiante na solidez do mercado imobiliário. Ainda que existam muitas incertezas para 2023, “o importante é aproveitar as oportunidades para fazer novas alocações, de olho nos preços e nos ativos descontados”, finaliza o gestor da Mogno Capital.
Conheça a Mogno Capital
A Mogno Capital é uma gestora de ativos alternativos, com foco no mercado imobiliário. Além dos fundos imobiliários, a Mogno atua na estruturação e originação de crédito para diversos setores.
Na bolsa de valores, a gestora possui três fundos imobiliários listados; o MGFF11 (fundo de fundos) e o MGCR11, que é um fundo de papel high grade. Além desses, a Mogno é responsável pela gestão do MGHT11, do setor de hotéis.