Fundos imobiliários de shopping negociam participação no Catarina Fashion; saiba mais


Dois fundos imobiliários fecharam uma negociação relevante no segmento de shopping centers: o CPSH11 anunciou a venda de uma participação de 10% nas Expansões 1 e 2 do Catarina Fashion Outlet, localizado em São Roque (SP). O comprador é o fundo imobiliário JCCJ11, que pertence ao grupo JHSF, responsável pelo desenvolvimento e operação do empreendimento.

A negociação entre os dois FIIs, formalizada por meio de um instrumento particular de compromisso de compra e venda, terá o valor de R$ 119,28 milhões e o pagamento será dividido em cinco parcelas.
A primeira parcela, à vista, será quitada no momento do fechamento da transação, previsto para ocorrer em novembro de 2025, após o cumprimento de condições usuais para esse tipo de operação. As demais parcelas serão corrigidas pelo IPCA e pagas ao longo de até 24 meses.
O FII JCCJ11 detalhou o cronograma de pagamentos. Após a parcela inicial, terão outras quatro prestações nos prazos de 6, 12, 18 e 24 meses após a conclusão da compra. A última corresponde a R$ 47,7 milhões.
Com a aquisição, o fundo da JHSF passará a deter 10% da fração ideal do empreendimento, que é considerado um dos principais outlets de luxo do país.
Detalhes do imóvel negociado pelos fundos imobiliários
O Catarina Fashion Outlet, inaugurado em 2014, reúne mais de 330 operações de marcas nacionais e internacionais, como Gucci, Burberry, Dolce & Gabbana, Ferragamo, Carolina Herrera, PatBo e Alexandre Birman. Ele fica na rodovia Castelo Branco, que serve como elo entre a capital e a região oeste do Estado.
O projeto arquitetônico é assinado por Paulo Baruki, com paisagismo de Maria João D’Orey e design de interiores sob curadoria de Sig Bergamin e Murilo Lomas.
Recebendo cerca de 4,5 milhões de visitantes por ano, o empreendimento mantém vacância próxima de zero e desempenho consistente em vendas e locações, sendo um destino de compras premium e ativo estratégico no portfólio da JHSF.
A gestora do JCCJ11 estima que o novo investimento gere um impacto positivo mensal de aproximadamente R$ 759 mil no resultado operacional do fundo, o que pode representar uma potencial distribuição bruta de cerca de R$ 0,45 por cota.
Já a Capitânia, gestora do FII CPSH11, informou que a venda deverá resultar em impacto financeiro de R$ 0,22 por cota.
O BTG Pactual e as gestoras de ambos os fundos imobiliários destacaram que a conclusão da transação depende do cumprimento das condições previstas em contrato e reiteraram o compromisso de manter os cotistas informados sobre os desdobramentos até o fechamento definitivo do negócio.