Veja os 5 fundos imobiliários que mais caíram em abril; HCTR11 lidera lista
O IFIX, principal índice de fundos imobiliários da bolsa de valores brasileira (B3), encerrou o mês de abril em alta de 1,19%, encerrando o período com 2.813 pontos e tendo a sua segunda valorização mensa consecutiva. Durante o mês de março essa valorização tinha sido de 1,42%.
A máxima do mês de abril para o IFIX foi de 2.816 pontos, enquanto a mínima foi de 2.780 pontos. Desde fevereiro de 2021, é a primeira vez que o índice de fundos imobiliários alcança 2 altas seguidas.
Por segmento, os FIIs do tipo híbrido foram os que tiveram melhor desempenho, com performance média de +2,05. No entanto, o setor “outros” foi o único que fechou no negativo, com baixa de 0,03. Outros dois segmentos que tiveram as piores médias foram os de agências e de shoppings, com alta média de 0,13% cada.
Apesar de alguns fundos imobiliários terem se destacado, como o FII MXRF11, através de uma valorização positiva, outros fundos acabaram obtendo fortes quedas durante o mês de abril, entre eles o HCTR11.
O fundo imobiliário HCTR11 foi o que teve o pior desempenho entre o FIIs que compõem o IFIX. O FII Hectare teve uma queda mensal de 8,12%, seguido do Urca Prime Renda (URPR11), que se desvalorizou em 7,9%. Acompanhe as 5 maiores baixas de FIIs durante o mês de abril:
Ticket |
Nome do fundo imobiliário |
Valorização mensal |
HCTR11 |
Hectare | -8,12% |
URPR11 | Urca Prime Renda |
-7,9% |
GTWR11 |
Green Towers | -6,21% |
FIGS11 |
General Shopping |
-4,73% |
BBPO11 | BB Progressivo II |
-3,05% |
O IFIX é o principal índice dos fundos imobiliários da Bolsa de Valores de São Paulo (B3). O seu intuito é medir uma performance média do mercado de FIIs, reunindo as cotas dos principais fundos de investimento imobiliário que estão listados na bolsa brasileira.
O que está acontecendo com o fundo imobiliário HCTR11
O fundo imobiliário HCTR11 foi o FII com maior desvalorização durante o mês de abril. No entanto, é importante perceber os motivos pelo qual isso vem acontecendo. O fundo tem um patrimônio líquido de cerca de R$ 2,5 bilhões e uma base de cotistas na casa dos 170 mil.
O fundo HCTR11 investe em títulos de renda fixa associados ao mercado imobiliário, sejam estes indexados ao CDI ou a inflação. A composição de sua carteira está mais de 70% em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). O CRI é uma importante maneira de empresas arrecadarem recursos, mas também uma alternativa de investimento.
No entanto, o fundo imobiliário Hectare foi alvo de alguns questionamentos a respeito de suas operações com CRI. O FII HCTR11 teria investido em Certificados de Recebíveis Imobiliários de empreendimentos que ele já tem alguma participação.
Assim, ficou interpretado para alguns analistas que o fundo poderia captar recursos e emprestar para si próprio, o que em tese caracterizaria um claro conflito de interesses. O HCTR11 obteve fortes quedas a partir de então, mas se recuperou de parte delas assim que negou existir qualquer operação irregular, conforme destacado em seu relatório gerencial.