HGLG11 e HGRU11 estão em risco com a crise da Credit Suisse?

HGLG11 e HGRU11 estão em risco com a crise da Credit Suisse?

Os investidores dos fundos geridos pela Credit Suisse estão preocupados. Com a crise do banco, os cotistas do HGLG11, HGRU11, HGRE11, HFOF11 entre outros, querem saber se existem riscos para os fundos imobiliários.

O professor Marcos Baroni, analista CNPI, especialista em Fundos Imobiliários da Suno Research, disse ao Suno Notícias que não há nenhum riscos para o HGLG11 e outrs FIIs da CSHG.

Por que os cotistas do HGLG11 e outros fundos não precisam se preocupar?

Mesmo com a queda recente nas cotações desses FIIs, o mercado mesmo que ocorra uma solvência do banco, os FIIs não serão impactados por serem separados da tesouraria do Credit Suisse.

Baroni acredita que mesmo que bancos ou gestoras tenham problemas econômicos severos, “os ativos conseguem seguir seu caminho naturalmente. Na prática, a contabilidade e o patrimônio em si são segregados e isso deveria, inclusive, trazer até mais conforto aos investidores”.

Neste caso, a gestora do HGLG11 e outros são prestadores de serviço. No pior das hipóteses, se o banco sofrer algum problema mais grave que afete diretamente a Credit Suisse no Brasil, a gestora pode até mesmo ser substituída.

O maior risco, na verdade, é que o Credit Suisse perder seus talentos nas operações no Brasil. Isso sim poderia impactar os fundos como HGLG11 e HGRU11. “Se a CSHG começar a perder seus talentos, poderemos ver um impacto negativo nos fundos”.

“É como um time de futebol que sem recursos não consegue contratar nem reter os melhores jogadores nem disputar nas melhores ligas”, explifica Baroni.

Porém, até o momento o CSHG não está enfrentando esse tipo de problema no Brasil, de forma que sua equipe segue intacta à frente dos trabalhos.

Entenda crise do Credit Suisse

O banco Credit Suisse, segundo maior banco da Suíça, está passando por uma crise de confiança do mercado. Com ações em queda tanto na Bolsa de Zurique quanto nos Estados Unidos, batendo nas mínimas históricas.

Para pior a situação, o Credit Default Swap (CDS) da instituição, derivativo de crédito que protege contra calotes, chegou a superar os 300 pontos, ultrapassando a marca da crise financeira mundial de 2008.

Há poucos meses, o banco era avaliado em mais de US$ 30 bilhões, chegando a valer menos de US$ 10 bilhões no atual momento delicado.

Porém, é esperado que o banco faça uma reestruturação interna e reforço de capital, mas o mercado ainda segue preocupado com os rumos da instituição financeira e dos FIIs no Brasil, incluindo o HGLG11.

Quer construir uma carteira de Fiis alinhada com os seus objetivos? Clique aqui e fale agora mesmo com um especialista.
foto: Gustavo Silva
Gustavo Silva

Jornalista com doutorado pela UFMG e produtor de conteúdo da unidade de mídias da Suno. Também trabalha no Suno Notícias e Funds Explorer, fazendo a cobertura de FIIs, Fiagro e FI-Infra.

últimas notícias