Inflação ainda permanece em alta; como escolher os melhores fundos para investir?


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou uma alta de 0,36% em maio, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (27). Este resultado representa uma desaceleração em relação ao aumento de 0,43% observado em abril. No acumulado do ano, a inflação medida pelo IPCA-15 soma 2,80%, enquanto em 12 meses, o avanço é de 5,40%. Investir em fundos imobiliários ou de infraestrutura (FI-Infra) são boas opções para proteção de capital.

Apesar do resultado melhor do que o esperado, a desaceleração não indica uma melhora da dinâmica inflacionária de forma definitiva, segundo o economista Lucas Barbosa, da AZ Quest.
Ele destaca que a inflação ainda está acelerando, permanecendo cerca de 90 pontos-base acima do teto da meta de 4,5%.
Apesar disso, a redução na inflação mensal traz uma esperança de que a tendência de alta possa arrefecer, embora pressões como baixa taxa de desemprego e aumento de rendimentos continuem presentes no cenário econômico.
Como investir em fundos nesse cenário de inflação elevada?
Diante de uma inflação ainda elevada, especialistas recomendam diversificar o portfólio, priorizando ativos indexados ao IPCA, pois esses tendem a oferecer rentabilidade real superior à alta de preços. Entre as opções sugeridas estão os fundos de renda fixa, fundos imobiliários, FI-Infra e títulos públicos atrelados ao índice de preços.
De acordo com Guilherme Antunes, da RBR Asset, gestora dos fundos RBRX11, RPRI11 e PULV11, no Brasil é indicado fazer investimentos com foco em juros reais, o que é bastante justificável, dado que o país ainda enfrenta uma pressão inflacionária latente.
O repasse da inflação nos dividendos faz dos fundos de papel bastante estratégicos na proteção do capital.
De acordo com Ricardo Colin, head de Crédito Privado da Drýs Capital e um dos gestores do INFB11, “no primeiro trimestre de 2025, os ativos indexados à inflação apresentaram um excelente resultado como pode ser observado quando comparamos o rendimento do IMAB-5 de 3,1% com o CDI de 2,1% nesse mesmo período”.
Ele explica que o motivo dessa diferença foi a variação do IPCA que acumulou alta de 2% nos três primeiros meses do ano, sendo que apenas a parcela “IPCA +” dos ativos rendeu praticamente o CDI.
Ou seja, os FI-Infra oferecem ganhos reais, acima da inflação. Os fundos imobiliários de papel, principalmente com ativos indexados ao IPCA, também são opções.