KFOF11 manifesta seu posicionamento diante do “emaranhado” mercado brasileiro
O Fundo de Fundos Kinea (KFOF11), FII administrado pelo Intrag e destinado a investidores em geral cujo objetivo principal é gerar renda e ganhos de capital através de alocações em uma carteira diversificada de FIIs, informou em seu relatório alguns pontos importantes sobre o mercado imobiliário brasileiro.
A carta foi destinada a seus investidores apresenta as seguintes informações:
No mês de abril, o Ibovespa teve alta de 10,25%, atingindo 80.506 pontos. A perspectiva
de afrouxamento das medidas restritivas de circulação de pessoas em países da Europa e
Estados Unidos, anunciada também em certos estados do Brasil, aponta para uma retomada gradual das atividades produtivas e comerciais.
Essa reabertura deverá ser mais ampla na medida em que a taxa de crescimento da transmissão e das mortes causadas pelo vírus sejam menores, em um cenário de maior segurança para a população.
O cenário externo também foi marcado pela queda do preço do petróleo, tendo em vista a menor demanda global pela commodity e o aumento do nível de estoques dos produtores.
No âmbito doméstico, a saída do ex-ministro Sérgio Moro do ministério da Justiça e Segurança Pública trouxe forte instabilidade para o mercado, tendo em vista as possíveis consequências de uma eventual interferência política do presidente na Polícia Federal.
Este nervosismo foi ligeiramente atenuado com a permanência do ministro da Economia no governo e o reforço do presidente com relação à autonomia do ministro na condução da política econômica do país.
Entretanto, a incerteza relacionada ao momento de reabertura e flexibilização das
regras de isolamento social permanece.
Como exemplo, no estado de São Paulo, ainda não há clareza sobre a potencial reabertura anunciada para o dia 11 de maio, tendo em vista a menor taxa de isolamento registrada, cujos valores foram inferiores à meta proposta pelo governo do estado.
Neste cenário, as previsões do Boletim Focus já indicam uma queda do PIB brasileiro em 3,34% para 2020.
O dólar apresentou alta de 4,39% no mês e fechou a R$ 5,43. A importante valorização da
moeda resulta da aversão ao risco dos investidores, retratada na busca por ativos de maior
segurança neste período de incertezas, e do menor nível histórico da taxa básica de juros
(3,75%), que desestimula ainda mais o investimento estrangeiro em renda fixa no Brasil.
As expectativas do Boletim Focus indicam a manutenção dos juros baixos por um período mais longo, com projeção de 3,00% para o fim de 2020 e 4,25% para o fim de 2021.
Com relação aos índices de inflação, o IPCA-15 variou -0,01% em abril, o menor valor para o mês desde o início do Plano Real em 1994, e acumula alta de 2,92% nos últimos 12 meses.
A principal queda veio do setor de transporte com recuo de 1,47% nos preços, devido a
redução dos preços dos combustíveis.
Já os setores de alimentação e bebidas foram a principal contribuição positiva, com preços registrando alta de 2,46%. O valor projetado pelo Boletim Focus para o IPCA em 2020 é de 2,20%.
Em abril, o IFIX teve valorização de 4,39%, resultante de um movimento de recuperação
dos fundos que apresentaram expressiva desvalorização em março de 2020.
Conforme destacado, existe uma perspectiva de afrouxamento das medidas de isolamento social no Brasil, com uma consequente retomada de atividades de produção e comércio.
Há a expectativa de reabertura gradual dos shoppings centers ao longo de Maio, variável
essencial para o resultado de curto prazo dos FIIs de shoppings, participando com 15,8% do IFIX.
Para os segmentos logístico e de escritórios já se verifica a redução da distribuição de
dividendos dos principais FIIs, postura que sinaliza um menor resultado operacional ou
expectativa de redução por parte dos gestores no curto-prazo.
Apesar do momento atual da indústria de fundos imobiliários, foi possível manter o patamar atual de distribuição de dividendos para o mês de Maio.
Continuamos confiantes na tese de investimento baseada na qualidade do portfólio investido pelo fundo, buscando sempre selecionar ativos que tenham qualidade superior aos pares de mercado e diversificação entre diferentes segmentos (shoppings, logística, escritórios e CRI).
Ainda, entendemos que os ativos da classe de Fundos Imobiliários trazem maior solidez e menor risco no longo prazo, por serem ativos reais ou recebíveis imobiliários com garantia de imóveis.
Segundo o boletim do mercado imobiliário da B3 de Março/20, há 792 mil investidores no
mercado, o que representa um avanço de 3,91% em relação ao mês anterior, e uma média
de crescimento na ordem de 9,07% ao mês nos últimos 7 meses.
No fim de abril, 93% dos ativos do fundo estavam alocados em fundos imobiliários.
O rendimento declarado do fundo, a ser distribuído em 15/05, foi de R$ 0,45/cota, equivalente a um dividend yield de 0,43% (178% do CDI Líquido ) em relação à cota
patrimonial de fechamento do mês.
Por Kinea Investimentos, gestor do KFOF11.
Desde seu início, em 3 de setembro de 2018, o desempenho da cota patrimonial do KFOF11, ajustada pelos proventos distribuídos, foi de 13,92%, comparado a uma valorização de 21,92% do IFIX e 8,01% do CDI Líquido.
Ao término do mês de abril o KFOF11 encontrava-se com 93% dos ativos alocados em cotas de FIIs segmentados de acordo com as seguintes
estratégias:
- Alocação Tática: estratégia de alocação em ativos com potencial de retorno de curto e médio prazo.
- Alocação Imobiliária: estratégia de alocação em ativos com qualidade imobiliária e viés de longo prazo.
Abaixo, a composição do portfólio de FIIs investidos pelo KFOF11, em relação ao
total investido em cotas de FIIs, vigente em 28/02/2020.
Em abril, as cotas do KFOF11 foram negociadas em 100% dos pregões da B3, com volume total negociado de R$ 8,79 milhões e volume médio diário de aproximadamente R$ 0,44 milhões. Esses volumes representaram um total de 88.954 cotas negociadas,
equivalentes a aproximadamente 2,47% do total de cotas do fundo com um
volume médio diário de R$ 439.729 e um volume médio por negócio de R$ 2.141.
Para investir no Fundos de Fundos Kinea, é cobrado uma taxa de administração e gestão de 0,92% ao ano e adicionalmente um valor de 20% do que exceder a variação do IFIX. Com aproximadamente 4,4 mil cotistas, o KFOF11 fechou o dia de ontem (05-05-20) sendo cotado a R$97,21. Nos últimos 12 meses, o desempenho de suas cotas é de negativos 7,68%.