LVBI11 explica situação com a locatária Americanas e tranquiliza cotistas

LVBI11 explica situação com a locatária Americanas e tranquiliza cotistas

Em relatório gerencial divulgado na última segunda-feira (23), a gestora do fundo imobiliário LVBI11 explicou a situação com a locatária Americanas, que ocupa 91% de imóvel localizado em Salvador, Bahia. A gestora acredita que uma possível saída da Americanas poderia até mesmo ser positivo para o fundo, uma vez que o ativo Aratu possui liquidez e qualidade para entrada de novos inquilinos.

A equipe de Gestão disse estar acompanhando o pedido de recuperação judicial por parte da varejista, ao consequente rebaixamento da avaliação de risco de crédito, que pode gerar impactos em sua operação e o cumprimento de suas obrigações do contrato de locação.

Até o momento, a Americanas está em dia com suas obrigações contratuais, inclusive com o pagamento referente ao mês de competência dezembro de 2022, realizado no início do mês de janeiro.

A Americanas informou ao mercado um rombo de R$ 20 bilhões no balanço da empresa. Porém, a dívida tem o potencial de ser muito maior, superando a marca de R$ 40 bilhões. Por isso, a empresa está se movendo para entrar em recuperação judicial.

A qualidade do ativo tranquiliza a gestora em relação ao pedido de recuperação judicial da Americanas

Porém, a gestora do LVBI11 está tranquila quanto a qualidade do ativo Aratu. Ele está localizado estrategicamente na área metropolitana de Salvador. A gestora também reforça que o mercado de condomínios logísticos na região possui uma baixa taxa de vacância (7% no 3T22), além do imóvel estar em acesso direto e fácil as principais rodovias da região.

O ativo Aratu possui alta liquidez no mercado, com alto potencial de ser alugado de forma célere caso a Americanas não cumpra suas obrigações e tenha quer deixar o ativo.

Outro aspecto destacado pela gestora é o valor de locação vigente com a Americanas. Ele está 20% abaixo do valor de mercado do ativo.

“Em caso de locação do espaço atualmente ocupado pela locatária para outros potenciais locatários, poderíamos ter um impacto positivo nas receitas imobiliárias de até aproximadamente R$ 0,02/cota em condições atuais de mercado”, afirma a VBI Real Estate.

Por fim, a equipe do LVBI11 quer minimizar, ainda no curto prazo, os impactos de uma possível mudança abrupta da condição da atual locatária que entrou com pedido de recuperação judicial.

Resultados LVBI11

Referente ao mês de dezembro, o fundo apresentou um resultado de aproximadamente R$ 0,77/cota, mas reteu aproximadamente R$ 0,02/cota. Por isso, os dividendos do LVBI11 foram de R$ 0,75/cota, pagos no dia 06/01.

Esta distribuição representa um dividend yield de 8,7% sobre o preço de fechamento das cotas no mercado secundário (R$ 103,03) em 29/12.

Já durante o início do mês de janeiro de 2023, foi celebrado contrato de locação, com prazo de duração de 60 meses, com a empresa EALOG para um dos módulos no Ativo Itapevi (1.761 m² de ABL).

Com isso, a gestora espera uma redução da taxa de vacância física do LVBI11 de para 2,0% e da taxa de vacância financeira para 1,1% ao final do mês de janeiro/23.

FII VBI LOG (LVBI11) tem como objetivo a obtenção de renda e ganho de capital por meio de, no mínimo, dois terços do seu patrimônio líquido investido em imóveis ou direitos reais sobre imóveis do segmento logístico ou industrial, bem como indiretamente, através de ações ou cotas de sociedades de propósito específico, cotas de FIIs.

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foto: Gustavo Silva
Gustavo Silva

Jornalista com doutorado pela UFMG e produtor de conteúdo da unidade de mídias da Suno. Também trabalha no Suno Notícias e Funds Explorer, fazendo a cobertura de FIIs, Fiagro e FI-Infra.

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