MGCR11 divulga portfólio, resultados e rendimentos de fevereiro
O Fundo de Investimento Imobiliário Mogno CRI High Grade (MGCR11), administrado pela BTG Pactual Serviços Financeiros S/A DTVM, divulgou nesta sexta-feira (12) o seu relatório gerencial do mês de fevereiro, no qual descreveu seus resultados e rendimentos mensais.
O início do Mogno CRI High Grade foi em 6 de outubro de 2020. Ele tem como objetivo o investimento em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e valores mobiliários, conforme política de investimentos.
O MGCR11 diz que o fundo nasceu em 2015, a partir da união de ex-sócios da Hedging-Griffo e executivos do mercado financeiro. Além disso, ele é voltado para estruturas high grade, com ênfase na composição das garantias reais e nível de colaterais.
Importante dizer que o Mogno CRI High Grade se permite expor a investimentos em FIIs
de CRIs, cuja proposta de investimento esteja alinhada com as do MGCR11, conforme o objetivo de buscar oportunidades de mercado e distorções de preços por meio disso.
Além disso, o MGCR11 afirma que tanto IGP-M como IPCA vieram fortes em fevereiro, pressionando o COPOM para a próxima decisão de juros. Ele ainda destaca que os recebíveis praticamente carregaram o IFIX nesse mesmo período, distribuindo bons rendimentos sustentados pelo repasse de inflação e não sentindo efeito de novas ofertas.
Segundo o Mogno CRI High Grade, o que explica os shoppings e lajes corporativas como os maiores detratores, é a deterioração do quadro da pandemia por aqui e a perspectiva de endurecimento das medidas restritivas.
Apesar disso, o MGCR11 diz que encontrou boas oportunidades de capturar o spread entre o mercado primário e secundário nos segmentos de recebíveis e galpões, sempre comprando a preço justo ou descontado.
Portfólio do MGCR11
O MGCR11 terminou fevereiro com 98,05% do patrimônio líquido alocado em ativos alvo, dos quais:
- 88,03% em CRIs;
- 10,02% em FIIs;
- 1,95% em Instrumentos de caixa.
Por segmento, a alocação da carteira do MGCR11 se distribui em:
- Residencial – 37,31%;
- Logística – 25,1%;
- Hospitalar – 17,33%;
- Varejo – 11,11%;
- Shopping – 4,91%;
- Corporativo – 4,25%.
Em fevereiro, o Mogno CRI High Grade realizou duas novas aquisições na carteira de CRIs: CRI de Vitacon e CRI AMI, que foram adquiridas no mercado secundário, a IPCA + 5% e IPCA + 6% respectivamente.
Além disso, o MGCR11 vendeu parte da posição do papel de GPA que estava com uma concentração acima de 10% na carteira. Com essa venda, destravaram parte da correção monetária do papel, proporcionando uma maior distribuição de dividendos.
A carteira de CRIs do Mogno CRI High Grade segue com 16 operações. Ela está mais concentrada nos papéis da Rede D’or com 15,25% e o papel de Vitacon com 9,93%. O fundo considera sua posição diversificada e saudável para a carteira. As 5 maiores posições na composição da carteira são descritas pela imagem a seguir.
No portfólio de FIIs do MGCR11, a posição de KNSC11 foi liquidada realizando ganho de capital para a carteira. Além disso, o fundo realizou a posição de CPTS11 do portfólio. Importante dizer que o giro destas posições foi capaz de gerar um ganho extra para a carteira.
Sobre este último fato, a gestão do Mogno CRI High Grade pretende manter essa
estratégia, que vem sendo capaz de capturar ganhos de mercado expressivos para o fundo até então. Vale lembrar que 98,05% da carteira está alocada em ativos alvo.
O gestor do MGCR11, Mogno Capital Investimentos, afirma que as alterações na carteira de CRIs aumentaram o yield médio da carteira, com a substituição de parte do CRI de GPA pelo CRI AMI. Esse CRI possui uma maior taxa e não possui carência de amortização, o que permite a distribuição da correção monetária do papel.
Resultados e rendimentos do MGCR11
A receita total do MGCR11 em fevereiro foi de R$1,087 milhão, distribuídos em resultado da carteira de CRIs e da carteira de FIIs, além de outros ativos. O primeiro acaba sendo responsável por cerca de 90,76% da receita.
As despesas do Mogno CRI High Grade totalizaram R$68,23 mil no mês de fevereiro. Sendo assim, o resultado final do mês para o fundo foi de R$1,019 milhão. A distribuição total foi de R$647,93 mil, equivalente a R$0,90 por cota.
Em suma, o patrimônio líquido do MGCR11 no mês de fevereiro foi de aproximadamente R$68,65 milhões. O número de cotas emitidas até então foram quase 720 mil. Ao final do mês, o valor patrimonial da cota foi de R$95,36 e o número de cotistas chegou a 806.