Gestor do MXRF11 explica estratégias do FII, que bateu recordes em 2022

Gestor do MXRF11 explica estratégias do FII, que bateu recordes em 2022

Em conversa com os especialistas em fundos imobiliários da Suno, professor Marcos Baroni e Marcos Correa, o gestor do MXRF11 respondeu às dúvidas dos cotistas do FII. André Masetti, o responsável pelo time de gestão do Maxi Renda, comentou sobre as operações e estratégias do fundo.

Em 2022, o FII Maxi Renda bateu recordes na distribuição de rendimentos, mesmo com a deflação de agosto a setembro. Enquanto a maior dos fundos de papel viram seus ganhos se reduzirem, o MXRF11 manteve seu dividend yield mensal entre 0,97% a 1,22%.

Em 2022, os rendimentos do MXRF11 acumulados são de R$ 0,93 por cota, sendo 34,78% maior que 2021, de R$ 0,69 por cota, considerando os nove primeiros meses de pagamento.

Neste caso, Masetti disse que o MXRF11 faz um giro forte no mercado secundário, originando operações de CRIs e vendendo no mercado secundários. O gestor explicou que tem momentos que é melhor para operações indexadas à inflação, enquanto em outro momentos é mais adequado fazer em ativos indexados ao CDI.

Mesmo com a grande volatilidade desses ativos no mercado secundário, o investidor pode esperar uma gestão bem ativa no book de CRI do Maxi Renda, destaca Masetti.

Menos permutas financeiras e mais atenção aos CRIs

De igual modo, o MXRF11 diminuiu a velocidade nas permutas financeiras, que é uma estratégia de desenvolvimento imobiliário residencial. Mas o foco, pelo menos neste momento, está focado nos CRIs voltados para CDI. Mesmo assim, “o fundo continua acreditando as permutas”, ressalta o gestor.

Porém, Masetti destaca que o fundo se preocupa mais com o spread de crédito do que com o indexador em si. Em outras palavras, o FII MXRF11 analisa quanto é possível ter de retorno adicional ao custo de oportunidade. O mais importante é o retorno a mais que o fundo consegue obter em comparação de um título público do mesmo prazo equivalente.

Desde março de 2021 com o início do aumento da taxa Selic, o fundo resolveu mudar a estratégia. “Vimos que não precisaríamos de correr maiores riscos para entregar bons resultados para os cotistas”, destaca o gestor do MXRF11.

Estratégia de investir com menos riscos

Quando os juros estavam a 2%, principalmente no meio da pandemia, os investidores não sabiam o que fazer para ganhar dinheiro. A renda fixa já não gerava bons resultados. Por isso, houve a necessidade de tomar maior risco para obter ganhos maiores.

Mas quando os juros começaram a subir, o foco maior do MXRF11 se deslocou para os ativos high grade, ou seja, ativos com classe de risco mais baixo, que rendem CDI + 2%. Mas nesse momento de Selic elevado, esse patamar já é bastante rentável, o que não justifica investimentos mais arriscados.

Por isso, o MXRF11 começou a desinvestir em permutas financeiras para focar em um nível de risco mais baixo e rentável. Neste caso, as permutas são investimentos em desenvolvimento imobiliário em parceria com incorporadoras.

O fundo tem um percentual da receita do projeto, sem correr os mesmos riscos que as empresas que desenvolvem os projetos residenciais.

Conheça o MXRF11

Maxi Renda FII é um fundo de papel com objetivo de rentabilizar por meio da aplicação de seus recursos em ativos financeiros com lastro imobiliário, tais como CRI, Debênture, LCI, LH e cotas de FIIs.

Também, o patrimônio líquido do fundo é de R$2,31 bilhões e com 711.110 investidores.

Para quem deseja investir no MXRF11, o preço patrimonial da sua cota é de R$10,20, sendo sua taxa de administração de 0,90%a.a. sobre patrimônio líquido.

 

 

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foto: Gustavo Silva
Gustavo Silva

Jornalista com doutorado pela UFMG e produtor de conteúdo da unidade de mídias da Suno. Também trabalha no Suno Notícias e Funds Explorer, fazendo a cobertura de FIIs, Fiagro e FI-Infra.

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