SNAG11 desafia crise no agronegócio: último Fiagro a cair e primeiro a se recuperar
SNAG11 resistiu à onda de inadimplência que atingiu parte do mercado e tem entregue uma performance contracíclica no valor de negociação.


Em meio às turbulências que abalaram o agronegócio nos últimos 18 meses, poucos ativos mantiveram a confiança do investidor como o SNAG11. Lançado com uma proposta conservadora e foco em crédito de alta qualidade, o Fiagro da Suno Asset resistiu à onda de inadimplência que atingiu parte do mercado e tem entregue uma performance contracíclica: foi o último entre os Fiagros listados na B3 a sentir a pressão nos preços de mercado e o primeiro a retomar a máxima histórica ajustada, ao longo do mês de abril.

A performance do fundo tem despertado a atenção de investidores institucionais e de varejo. Enquanto muitos Fiagros enfrentaram deterioração em suas carteiras — com atrasos relevantes em CPRs e CRAs de produtores médios e pequenos — o SNAG11 se destacou por não apresentar inadimplência, mesmo durante o auge da seca no Centro-Oeste e das tensões no mercado de crédito rural.
“Montamos uma carteira com nomes sólidos, estrutura bem colateralizada e exposição controlada por cultura e região. Isso fez toda a diferença”, afirmou Vitor Duarte, CIO da Suno Asset. Segundo ele, o time de crédito buscou diversificar riscos não apenas por emissores, mas também por safras, biomas e tipos de garantias, priorizando operações com estruturas semelhantes às de fundos de crédito privado tradicionais, mas com lastro no agro.
Na prática, isso significou menos exposição a operações pulverizadas com pequenos produtores e maior foco em grupos médios com histórico bancário, lastros reais e capacidade comprovada de geração de caixa. Como resultado, o Fiagro SNAG11 navegou com resiliência por um dos piores ciclos climáticos da última década, enquanto o valor de suas cotas no mercado secundário caía mais por contágio do que por fundamentos.
“O SNAG11 foi o último a sofrer com a queda e o primeiro a se recuperar. Isso mostra que o mercado reconhece a solidez da carteira”, disse Duarte. De fato, os dados reforçam a percepção: desde que o fundo atingiu a mínima do período, em novembro de 2023, a valorização acumulada ultrapassa 20%, acompanhada de um dividend yield anualizado entre 13% e 14% ao longo de 2024.
SNAG11: transparência e melhores taxas
Com patrimônio líquido de R$ 613 milhões, o Fiagro tem a maior parte de sua alocação em CRAs atrelados ao CDI, com um dividend yield médio all in de 18,94% ao ano. Os dividendos do SNAG11 foram de R$ 0,11 por cota nos últimos quatro meses, e o guidance para o primeiro semestre está entre R$ 0,105 e R$ 0,115 por cota.
Além disso, o SNAG11 se destaca também por ter uma das menores taxas de administração entre os Fiagros e não cobrar taxa de performance. Essa estrutura reduz custos para a operação e amplia os retornos líquidos para o investidor.

O desempenho consistente e a comunicação clara com o mercado ajudaram o SNAG11 a conquistar a confiança de milhares de novos investidores, superando a marca de 111 mil cotistas. Foi um dos Fiagros que mais aumentou sua base, consolidando-se como uma das principais portas de entrada do investidor pessoa física no crédito do agronegócio brasileiro.