SNAG11 alcança máxima histórica em meio a ciclo de otimismo do agro

SNAG11 alcança máxima histórica em meio a ciclo de otimismo do agro
SNAG11 alcança máxima histórica - Foto: iStock

O SNAG11, Fiagro da Suno Asset voltado ao crédito agrícola, alcançou nesta segunda-feira (6) sua cotação máxima histórica, ajustada por dividendos. A valorização das cotas é impulsionada por um novo ciclo de otimismo no agronegócio brasileiro, após a divulgação de relatórios meteorológicos que indicam condições climáticas mais equilibradas e favoráveis para a safra 2025/26.

Esse cenário é válido especialmente nas regiões centrais do país, onde se concentra a maior parte da produção de grãos e o crédito rural estruturado pelo fundo. Segundo análise da consultoria Nottus, o fenômeno climático El Niño tende a perder força nos próximos meses, dando lugar a um regime de chuvas mais regular. Isso deve levar a um cenário menos extremo, que traz maior previsibilidade de produtividade agrícola, na visão de especialistas do setor.

Para o mercado, essa mudança tem implicações diretas sobre os fundamentos do SNAG11, já considerado um dos Fiagros mais estáveis do mercado, com boa liquidez e dividendos anualizados na casa de 16% ao mês, em setembro.

Um clima mais estável reduz o risco de inadimplência nos financiamentos agrícolas e aumenta a valorização das garantias reais — frequentemente lastreadas em terras produtivas, armazéns e estoques de grãos. “Cada milímetro de chuva no tempo certo vale muito para o crédito agrícola. O mercado precifica isso com rapidez”, comentou um gestor, sob condição de anonimato.

SNAG11: fundo mostra resultados e amplia status

Em agosto, de acordo com seu último relatório gerencial divulgado, o SNAG11 apresentou um resultado líquido de R$ 10,867 milhões. O valor foi suficiente não apenas para ampliar os dividendos de R$ 0,12 por cota como ampliar a reserva de lucros não distribuídos para R$ 0,091 por cota.

Segundo a Suno Asset, a carteira do fundo manteve-se totalmente saudável, com todos os ativos adimplentes e sem indicação de riscos relevantes no curto prazo. Desde sua listagem, o fundo nunca teve um evento de calote, mesmo enfrentando um período complexo na safra 2023-24, com muitos pedidos de recuperação judicial impactando diretamente Fiagros de porte similar, com impacto no patrimônio e na distribuição de dividendos.

Com patrimônio líquido de R$ 626,6 milhões, ou R$ 10,32 por cota, cerca de 85% do portfólio do SNAG11 é formado por instrumentos de crédito, entre os quais se destaca o CRA Boa Safra, pulverizado entre mais de uma centena de clientes da empresa. Mesmo com a venda de R$ 11,7 milhões em papéis do ativo, ele ainda representa mais de 52% da carteira.

Números dão espaço para otimismo

Esse desempenho abre caminho para um alinhamento de expectativas cada vez mais otimista. Investidores institucionais e produtores rurais têm visto o Fiagro de crédito da Suno Asset como uma forma eficiente de se expor ao crescimento do agronegócio sem volatilidade cambial ou de commodities, mas com retorno atrelado à expansão da safra e à solidez do crédito.

“Há um otimismo cauteloso, mas consistente. O mercado percebe que o agro brasileiro entra em um novo ciclo de estabilidade produtiva, e o SNAG11 se beneficia diretamente disso”, disse uma fonte próxima à gestora.

Com o volume de exportações agrícolas próximo a US$ 82 bilhões no primeiro semestre, e a caminho de encerrar uma safra recorde para o ano-calendário de 2025, o Brasil consolida seu papel de potência global no agronegócio. O SNAG11, cumprindo seu papel de conectar investidores urbanos ao campo, torna-se um dos símbolos financeiros dessa transformação.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado em Jornalismo pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com 25 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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