Fiagros: SNFZ11 anuncia 2ª oferta de cotas, para captar R$ 61,6 milhões
SNFZ11, um dos principais Fiagros do mercado com foco em valorização patrimonial, tenta dobrar de tamanho com a oferta.
O SNFZ11, um dos principais Fiagros do mercado com foco em valorização patrimonial de imóveis rurais a partir do aperfeiçoamento da infraestrutura, anunciou a realização de sua segunda oferta de emissão de cotas. A intenção é captar até R$ 61.628.000,00 e praticamente dobrar o tamanho do fundo, hoje na faixa de R$ 61,265 milhões.
De acordo com os documentos divulgados pela Suno Asset, gestora do Fiagro, o preço unitário é de R$ 9,94, acrescido de um custo de subscrição de R$ 0,06 por cota. Assim, o investimento terá o preço de R$ 10,00. Esse valor foi estabelecido a partir do preço de mercado no fechamento do pregão de 15 de junho, e está um pouco acima do valor patrimonial por cota da última atualização, de R$ 9,88.
Poderão ser subscritas até 6,2 milhões de cotas, exatamente o número atual, e os atuais cotistas do SNFZ11 poderão exercer o direito de preferência na proporção 1/1, ou seja, subscrever uma cota nova para cada uma detida ao fim do pregão desta sexta-feira, 1º de agosto. O período de exercício vai de 5 a 15 de agosto.
Neste mês de julho, o SNFZ11 teve uma forte ampliação em seus índices de liquidez, chegando a movimentar mais de R$ 2 milhões em um só dia. Esse crescimento aconteceu após o Fiagro anunciar um aumento na distribuição de dividendos, de R$ 0,065 para R$ 0,10 por cota, após a aquisição de duas fazendas em Gaúcha do Norte (MT), mesma cidade onde estava seu primeiro imóvel. A compra foi feita com prazo de pagamento de 10 anos, com o primeiro desembolso previsto apenas para fevereiro de 2026.
Fiagros: de onde vêm as receitas do SNFZ11?
Esse patamar de dividendos do SNFZ11 está mantido pelo menos até o fim do terceiro trimestre, de acordo com o relatório gerencial de junho, divulgado na semana passada pela Suno Asset. Isso porque o fundo já está recebendo o valor dos arrendamentos dos três imóveis, o que ampliou sua projeção de receita imobiliária. Em junho, esse valor foi de R$ 130,6 mil, ante R$ 53,6 mil em maio.
Cotação SNFZ11
As três fazendas são ocupadas pela Jequitibá Agro, que opera a produção de soja e outras lavouras nos imóveis. As duas aquisições recentes rendem, cada uma, uma receita mínima de 15 sacas de soja por mês. A Fazenda Coliseu, imóvel comprado na oferta inicial (IPO) do fundo, rende em torno de 17 sacas por mês, depois de um aumento na produtividade da safra 2024/25.
Embora o foco do Fiagro desde o início estivesse na valorização patrimonial, a Suno Asst estruturou inicialmente o patrimônio do SNFZ11 com a intenção de garantir uma distribuição de dividendos. O valor de R$ 62 milhões, captado no IPO, foi destinado à aquisição da Fazenda Coliseu e também de CRAs, emitidos pela Jequitibá Agro para o financiamento de projetos de incremento da infraestrutura da própria fazenda.
Entre esses projetos está a construção do sistema de irrigação, que aguarda a conexão à rede elétrica para entrar em funcionamento e deve contribuir para um novo aumento na produtividade da próxima safra. Como são atrelados ao CDI, que oscila junto com a Selic, hoje em 15% ao ano, os CRAs também registraram aumento na receita, chegando a R$ 419,6 mil em junho, ante R$ 372,3 mil em maio.
Essa estruturação permite ao SNFZ11 angariar receita imediata e ao mesmo tempo projetar a valorização do imóvel no longo prazo. Os recursos da nova oferta devem ser usados na aquisição de novos imóveis, de acordo com a política de investimentos do fundo, posicionado de forma cada vez mais relevante no mercado de Fiagros como opção que entrega dividendos recorrentes e possibilidade de ganho de capital no médio e longo prazo.
