SNFZ11 eleva dividendos e registra safra recorde na Fazenda Coliseu
SNFZ11 elevou o patamar de distribuição para R$ 0,065 por cota, refletindo a performance da safra de soja e o aumento da taxa Selic.


O Fiagro SNFZ11 elevou o patamar de distribuição para R$ 0,065 por cota, refletindo a performance da safra de soja e o aumento da taxa Selic. Segundo Vinicius Campos, analista da Suno Asset, o fundo vem se mantido estável na performance e apontando crescimento na base de cotistas.

“O Suno Fazendas tem se mantido bem estável quando a gente compara com o mercado, principalmente a indústria de Fiagros”, afirmou Campos. “Mesmo em março, um mês de muita volatilidade, o fundo conseguiu se manter resiliente, com uma tese sólida de terras agrícolas.”
O Fiagro da Suno Asset fechou março com performance estável, registrando uma leve valorização de 0,6%.
Além da evolução na distribuição, o fundo também apresentou crescimento na base de investidores. “Desde fevereiro, aumentamos em torno de 500 cotistas, o que é bastante relevante para uma base de quase 4 mil investidores”, acrescenta o analista.
SNFZ11: safra recorde impulsiona resultados
De acordo com o analista, as condições climáticas favoráveis durante o ciclo da soja 2024/25 contribuíram para o desempenho expressivo. “Tivemos chuvas bem distribuídas, o que favoreceu bastante a produtividade tanto no estado quanto na nossa fazenda”, diz Campos.
A produção de soja na Fazenda Coliseu superou as projeções internas e a média estadual. O desempenho foi 3,4% acima da produtividade média do Mato Grosso.
No total, foram colhidos 29.350 sacas em 428 hectares, consolidando a produtividade de 68,51 sacas por hectare. O analista ressaltou ainda que a colheita já está finalizada e que a segunda safra, com milho e sorgo, avança de forma positiva.
“A implantação do sistema de irrigação deve ocorrer ainda em 2025, o que deve impulsionar ainda mais a produtividade na safra 2025/26”, mencionou.
Reajuste no arrendamento reforça resultados futuros
A produtividade recorde também impactou positivamente o valor do arrendamento pago pela Jequitibá, empresa que explora a Fazenda Coliseu. Conforme o contrato, 25% da produção de soja é destinada ao fundo.
“Com a produtividade de 68,51 sacas por hectare, o valor base do arrendamento mensal subiu de 15 para 17,13 sacas por hectare, um aumento de 14%”, detalhou Campos.
Essa atualização gerou uma parcela adicional de R$ 564 mil, que será incorporada ao resultado do fundo. A partir de abril, a nova base de cálculo já está sendo utilizada para os pagamentos mensais.
Caso a safra seguinte supere a atual produtividade, um novo reajuste será feito. “Se a produtividade for maior, a diferença será paga. Se for menor, não há restituição nem ajuste negativo”, explica Campos.