SNME11 supera IFIX em 14% e entrega yield mensal de 1,3%


Em live no canal da Suno Asset, Gerardo Azevedo, analista da gestora, comentou os destaques do desempenho do SNME11 no mês de abril. Segundo ele, o fundo finalizou o mês com um lucro acumulado de aproximadamente R$ 0,04 por cota e uma cota patrimonial de R$ 9,53, mantendo o preço de mercado próximo ao valor patrimonial.

A distribuição foi de R$ 0,08 por cota, resultando em um dividend yield de aproximadamente 1,3% no mês. A carteira do SNME11 segue com um perfil mais defensivo e descorrelacionado do IFIX, o que, segundo Azevedo, contribuiu para um alfa expressivo desde o início do fundo.
“Finalizamos abril com um alfa de quase 14% em relação ao IFIX, desde o início do fundo. É reflexo da composição da carteira, pensada para ser diversificada e eficiente no equilíbrio entre risco e retorno”, afirmou. Assim, o yield médio all-in da carteira ficou em 16,87%, com pouca variação em relação ao mês anterior.
SNME11: desempenho no mercado secundário e em relação ao benchmark
O SNME11 teve uma valorização de aproximadamente 3% no mercado secundário em abril, e um retorno total de 4%, considerando a distribuição de proventos. O volume médio de negociação ficou em torno de R$ 33 mil por dia.
No acumulado patrimonial (cota mais rendimentos), o fundo apresentou uma valorização de 2,27% no mês, enquanto o seu benchmark — IPCA + IMA-B — avançou 1,36%, gerando um alfa de 0,91% no mês (contra -0,43% em março). O alfa no ano chegou a 3,12%.
“Esse resultado reflete o bom desempenho das alocações em renda variável, especialmente em fundos imobiliários que estavam descontados no final de 2024 e início de 2025. O fundo conseguiu capturar a recuperação desses ativos”, explicou o analista.
Mudança no perfil da carteira e maior diversificação
Gerardo respondeu à percepção de que o fundo estaria replicando a estratégia do SNCI11, fundo da mesma gestora voltado a crédito. “De fato, o SNME nasceu como um fundo 100% alocado em CRIs, mas o cenário mudou. Hoje, cerca de 35% da carteira está em fundos imobiliários, 2% a 3% em ações e menos de 60% em crédito”, detalhou.
Segundo ele, essa alocação reflete a flexibilidade do fundo, que visa capturar oportunidades táticas, respeitando sempre uma estratégia diversificada. “A gestão tem buscado reduzir posições em fundos que já se valorizaram bem e realocar em ativos com maior potencial de upside no cenário atual”, disse.
Para os próximos meses, a estratégia da gestora envolve gerar liquidez nas posições mais precificadas e aproveitar oportunidades em ativos ainda descontados. “Alguns fundos já negociam próximos ao seu valor justo, considerando o patamar atual dos juros. Por isso, estamos ajustando a carteira para manter o potencial de retorno”, afirmou Azevedo.
O SNME11 apresentou desempenho positivo em abril, com resultado distribuível de R$ 0,1405 por cota.