TRXF11 tem lucro acima de R$ 20,3 milhões e dividendos no teto do guidance


O fundo imobiliário TRXF11 reportou um resultado operacional de R$ 20,37 milhões em julho, acompanhado da distribuição de R$ 0,93 por cota. O valor representa o limite superior do guidance divulgado, que vai de R$ 0,90 a R$ 0,93 por cota até dezembro de 2025.

A remuneração mensal equivale a um dividend yield de 0,93%, ou 11,19% ao ano, considerando a cotação de R$ 99,69 no fechamento de julho. Os proventos serão pagos em 14 de agosto aos cotistas com posição no fundo até o dia 31 de julho.
AGE do TRXF11 aprova mudanças regulatórias e operacionais
Além dos resultados financeiros, julho foi marcado por uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), que aprovou alterações relevantes no regulamento do TRXF11.
Entre as principais mudanças promovidas pelo fundo estão a autorização para alienação fiduciária de imóveis e prestação de garantias em operações financeiras, além da limitação de votos a 10% por cotista ou grupo ligado, medida que visa proteger os investidores minoritários.
Também foram aprovadas a ampliação do capital autorizado para novas emissões até R$ 30 bilhões, a possibilidade de recompra de cotas próprias — agora permitida pela CVM — e ajustes de conformidade com a Instrução CVM 175. As deliberações contaram com participação de cotistas que representam 33,94% das cotas emitidas.
Rentabilidade do fundo
Apesar do lucro expressivo, a rentabilidade total do TRXF11 foi negativa em julho, com recuo de 1,98%, frente à queda de 1,36% do IFIX. No acumulado de 2025, o fundo sobe 3,73%.
Desde sua estreia na B3, o desempenho total acumulado do fundo é de 70,57%, superando os 10,13% do IFIX no mesmo período. Em termos de base de investidores, o fundo superou pela primeira vez os 191 mil cotistas, com média diária de negociações em R$ 8,39 milhões.
Segundo análises recentes do Banco do Brasil, que manteve o FII em sua carteira recomendada para obtenção de dividendos, o TRXF11 opera com uma alavancagem controlada e está vinculado a contratos atípicos de locação, o que proporciona uma camada adicional de segurança em casos de rescisões antecipadas.