XPCA11 paga dividendos de 14,4% ao ano e registra lucro acima de R$ 4,5 milhões

Fiagro XPCA11 registrou um resultado de R$ 4,729 milhões no regime de caixa em maio, o maior valor apresentado nos últimos oito meses.

XPCA11 paga dividendos de 14,4% ao ano e registra lucro acima de R$ 4,5 milhões
XPCA11 investe no agronegócio - Foto: Unsplash

O Fiagro XPCA11 registrou um resultado de R$ 4,729 milhões no regime de caixa em maio, o maior valor apresentado nos últimos oito meses. Considerando o regime de competência, o montante foi de R$ 5,096 milhões.

Grande parte do resultado foi impulsionada pelos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), que contribuíram com R$ 4,804 milhões em fluxo de caixa. As despesas operacionais do fundo em maio ficaram em R$ 383,3 mil. Como consequência, o XPCA11 distribuiu R$ 5,007 milhões em proventos aos cotistas, o equivalente a R$ 0,11 por cota, com um dividend yield anualizado de 14,31%.

Sem realizar vendas de ativos no período, a gestão do fundo focou na aquisição de novos títulos para reforçar sua carteira. Nesse contexto, destinou R$ 15 milhões para a compra de um CRA emitido pela Spasso, empresa atuante desde 1988 no segmento de armazenagem e comercialização de grãos. A operação conta com garantias relevantes, incluindo um contrato take-or-pay com a Cargill, alienação fiduciária de imóvel e o aval dos sócios da Spasso.

A entrada no setor de armazenagem marca uma diversificação importante para o XPCA11. Este segmento é considerado um dos maiores gargalos logísticos do agronegócio brasileiro, além de ajudar a reduzir riscos vinculados a setores específicos ou devedores. A estratégia reforça o foco do fundo na geração de receita consistente por meio de ativos com garantias sólidas.

Composição da carteira do XPCA11

Ao final de maio, a distribuição dos recursos do Fiagro XPCA11 permanecia concentrada principalmente em Certificados de Recebíveis do Agronegócio, com 75,9% do patrimônio investido nessa modalidade. Outros recursos estavam alocados em cotas de FIDC Fiagro, com 14,1%, e em CRI Agro, representando 1,1%. O restante, 8,2%, permanecia em caixa, oferecendo liquidez e flexibilidade para futuras movimentações.

A equipe de gestão da XP Asset acompanha de perto a carteira, especialmente após a safra recorde de soja. O foco tem sido monitorar os pagamentos dos produtores, especialmente aqueles que possuem obrigações com revendas, cooperativas ou fornecedores de insumos. Apesar do aumento na produção, alguns produtores optaram por postergar pagamentos na expectativa de recuperação nos preços dos grãos.

No entanto, a operação do XPCA11, com gestão profissionalizada, mantém parte de suas operações com travas antecipadas de preços, assegurando o cumprimento das obrigações e a estabilidade dos recebíveis.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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