HGCR11 apresenta os segredos para manter seu portfólio saudável
O fundo imobiliário CSHG Recebíveis Imobiliários FII (HGCR11) divulgou um relatório nesta sexta-feira, 24 de abril/20, com informações importantes a respeito da atual conjuntura do fundo e seus desafios.
Segundo a Credit Suisse, administrador do HGCR11, a pandemia do Coronavírus, cujos primeiros sinais mais graves – com seus respectivos efeitos nos mercados – se mostraram inicialmente na segunda quinzena de fevereiro, avançou rapidamente ao longo
do mês de março, provocando a paralisação quase que integral dos setores produtivos, de serviços e da atividade comercial no país, com exceção de alguns poucos setores essenciais.
Devido a essa ocasião, foi informado que em relação a sua carteira e o mercado, o Credit tomou algumas medidas sobre eventuais impactos no portfólio do HGCR11, bem como também sobre as características principais do seu portfólio.
Presença de garantia real em 100% dos CRIs: conforme regulamento, o HGCR11 só está permitido a adquirir CRIs com garantia real de imóveis de empresas detentoras de imóveis, em LTVs máximos estipulados pelo regulamento para cada modalidade de operação. Priorizamos imóveis localizados em grandes centros, de fácil avaliação e liquidez caso necessário, destacou o Credit Suisse.
O LTV, “Loan-to-Value”, é uma relação de percentual entre o valor do financiamento e o valor do imóvel dado como garantia real no empréstimo.
Portfólio diversificado: seu gestor busca expor o fundo a operações de médio/ baixo risco de crédito de maneira balanceada e de forma a ter um portfólio final equilibrado, sem exposição de risco relevante a um único crédito.
Ao final de março, dos 41 CRIs em carteira, apenas um apresentava exposição superior a
5% do patrimônio do fundo, 15 apresentavam exposição de 2% a 5% e 25 apresentavam exposição inferior a 2%.
Exposição reduzida a FIIs: O HGCR11 possui atualmente cerca de 15% do seu patrimônio alocado em FIIs, sendo aproximadamente metade deste valor referente à posição no SPVJ11, fundo de varejo (setor pouco afetado pelo momento atual) com lastro em contratos de locação 100% atípicos e não listado em bolsa, e o restante majoritariamente exposto a fundos de CRI listados em bolsa.
Posição em liquidez: o HGCR11 encerrou março com aproximadamente R$ 180 milhões em caixa (cerca de 14% do patrimônio), o que , de acordo com seu gestor, colocou o fundo em posição de aproveitar esta janela de alocação que, em sua visão, é a melhor observada durante os últimos dois ou três anos.
“Em momentos de incerteza e de baixa liquidez é quando aparecem as melhores relações de risco/retorno e buscaremos, com cautela, aproveitar este momento para alocar o HGCR11 em boas operações”.
Para o cenário atual, o HGCR11 reavaliou sua estratégia e entendeu ser mais interessante, por hora, investir majoritariamente o caixa em operações pré fixadas indexadas a inflação.
Em seus rendimentos, foi alterado sua distribuição neste período de maior instabilidade, com o intuito de refletir em cada mês os possíveis impactos decorrentes da operação do fundo. Importante ressaltar que, atualmente, não existe previsão de suspensão do pagamento mensal de seus rendimentos.
O HGCR11, que possui cerca de 55,8 mil cotistas, tem por objetivo a realização de investimentos em títulos e valores mobiliários, priorizando os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), que atendam aos critérios definidos em sua política de investimentos.