GTIS Partners quer expandir atuação no Brasil e vê espaço para novas captações em 2023

GTIS Partners quer expandir atuação no Brasil e vê espaço para novas captações em 2023
Fundos imobiliários. Foto Pixabay

A GTIS Partners, que atua na gestão de ativos imobiliários nos Estados Unidos e no Brasil, está otimista com o mercado imobiliário brasileiro em 2023. Segundo Maristella Diniz, sócia e head de relacionamento com o investidor, o próximo ano deve trazer boas oportunidades. 

Em sua visão, existe uma perspectiva positiva, principalmente para o investidor estrangeiro que quer alocar capital no Brasil. Maristella comenta que, no governo Lula, há expectativa de uma pauta ambiental mais alinhada aos interesses dos investidores estrangeiros. “E a GTIS tem grande apreço pela abordagem ESG”, afirma. 

A sócia da GTIS lembra que os fundos da GTIS no Brasil são os fundos melhor
ranqueados pelo GRESB nos últimos seis anos. “Esse ano, dois dos nossos fundos foram sector leader nas Américas dentre 86 fundos”, comenta Diniz.

Por isso, há uma expectativa que os fundos – tanto o FII GTLG11 quanto os fundos de investimentos fechados – ganhem maior visibilidade, por sua aproximação com a agenda sustentável.  

Neste ponto, a gestora tem planos para novas captações em seus fundos fechados. No momento, a GTIS pretende investir em logística, logística urbana e lajes corporativas. Mas a gestora está “de olho” nas oportunidades, com possibilidade de participar de projetos residenciais. 

Questionada se a GTIS pode lançar um novo fundo imobiliário em 2023, Maristella respondeu que, por ora, o plano é alocar capital em private equity, com desenvolvimento e aquisições no setor imobiliário. 

“Para criar um novo FII, precisaríamos de condições um pouco melhores, quem sabe uma queda na Selic e com uma inflação ainda mais baixa. Mas o mais importante é que a GTIS está com a casa preparada para novos investimentos”, finaliza. 

2022 foi desafiador, mas com boas oportunidades 

Os desafios atuais não começaram agora. Em março de 2020, a taxa Selic estava em seu nível mais baixo da história, em 2%. Alguns meses depois, chegamos ao patamar atual de 13,75%. 

Se por um lado a taxa de juros ajuda a controlar a inflação, por outro, ela desaquece a economia, gerando uma reprecificação dos ativos, inclusive os imobiliários. 

Com os juros elevados, a renda fixa definitivamente tornou-se o investimento preferencial dos brasileiros. E com as cotas dos fundos imobiliários em queda, ficou mais difícil fazer ofertas para novas captações nos FIIs. 

Porém, a sócia da GTIS não enxerga o cenário econômico com pessimismo. Se 2022 trouxe enormes desafios para as gestoras, os investidores também ganharam oportunidades de comprarem cota de fundos imobiliários com preço mais baixos, principalmente FIIs com ativos de qualidade. 

Em outras palavras, no momento de recuperação do mercado, esses fundos imobiliários com ativos premium vão ter suas cotas valorizadas, destaca a sócia da GTIS. 

Ainda refletindo sobre os desafios do ano de 2022, Diniz encontrou outro motivo para comemorar. Ela observa que de 4 anos para cá a educação financeira do investidor pessoa física está mais avançada. 

Prova disso é que hoje muitos se convenceram de que investir em imóvel diretamente nem sempre é o melhor negócio, principalmente pelas dificuldades do pequeno investidor em fazer a gestão dos ativos. 

Atualmente, “muitos entendem ser possível encontrar uma rentabilidade melhor investindo em fundos imobiliários”, afirma. 

As oportunidades criadas pela GTIS

Se é certo que 2022 não deixará saudade para a maioria dos investidores, a gestora GTIS aproveitou boas oportunidades, principalmente no setor de desenvolvimento imobiliário

A executiva explica que a gestora atua nesse segmento, aproveitando as situações de mercado para fazer bons negócios. 

Para exemplificar, ela  comenta sobre o fundo imobiliário gerido pela GTIS, o GTLG11. O FII em questão possui quatro ativos desenvolvidos pela própria gestora. Em sua visão, o fundo “deu certo”. “O diferencial do fundo é justamente seus ativos que são de muita qualidade, locado para empresas de e-commerce ou logística”, afirma. 

Atualmente o fundo imobiliário da GTIS é considerado pela gestora um FII estável, com 4% de vacância, 0% de inadimplência e dividend yield de 8,4%.

Essa estabilidade vem justamente da qualidade dos ativos. “Em uma crise, são os ativos premium que conseguem segurar seus inquilinos e manter o valor de locação”, comenta a porta-voz da GTIS.

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foto: Gustavo Silva
Gustavo Silva

Jornalista com doutorado pela UFMG e produtor de conteúdo da unidade de mídias da Suno. Também trabalha no Suno Notícias e Funds Explorer, fazendo a cobertura de FIIs, Fiagro e FI-Infra.

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