BRCR11 tem rentabilidade de 11,9% no mês; entenda
Em novembro, o BRCR11 anunciou uma possível venda de sua participação direta e indireta em cinco ativos do portfólio.
O BRCR11, fundo imobiliário que investe em lajes corporativas, registrou um lucro líquido por cota, em outubro, positivo de R$0,16. Em novembro, a rentabilidade total para o cotista, considerando os rendimentos distribuídos e o valor da cota, foi positiva em 11,9%. A liquidez média do FII foi de R$ 2,1 milhões no período e a cotação no mercado secundário fechou o mês a R$ 59,83 por cota. O dividend yield do BRCR11 é de 8,5%.
O FII teve uma vacância financeira de 16,1% em termos de receita de locação potencial e 22,1% sobre o total de Área Bruta Locável (ABL) em metros quadrados. O FII passa por um processo de desinvestimento em ativos.
O FII afirmou em relatório que o FFO ajustado no mês de novembro foi de R$0,32 por cota, impactado pelo retorno do pagamento de juros de uma das dívida do Diamond Tower, sendo que o valor distribuído em forma de rendimento para os cotistas foi de R$ 0,41/cota.
A distribuição da vacância do BRCR11 ao final de outubro de 2023 foi distribuída da seguinte forma:
- 27.498 m² no CENESP
- 13.886 m² no Torre Almirante
- 3.203 m² no EZ Towers
- 4.102 m² no Diamond Tower
- 1.600 m² no Burity
- 1.507 m² no Sucupira
- 525 m² no Transatlântico
- 393 m² no Eldorado
- 274 m² no BFC
Nos próximos três meses, segundo a gestora, a carteira do BRCR11 enfrentará um período de ajustes significativos, com 43,4% dos contratos sujeitos a reajustes pela inflação. Além disso, 1,2% dos contratos estarão em processo de renovação.
Carteira do BRCR11
Em novembro, o BRCR11 anunciou uma possível venda de sua participação direta e indireta em cinco ativos do portfólio. Os ativos são o Ed. Brazilian Financial Center, Ed. Burity, Ed. Cidade Jardim, Ed. Transatlântico e Ed. Volkswagen.
O valor esperado pela transação, de acordo com a gestora, é de R$ 755 milhões, pagos em duas parcelas. A correção do preço da parcela à prazo corresponderá a 100% do CDI.
A operação faz parte da estratégia do fundo em realizar um desinvestimento parcial em ativos maduros e com atingimento de leasing spread positivo, que mede a diferença entre a taxa de capitalização do imóvel (retorno de aluguel) e o custo da dívida associada a esse imóvel, nos últimos anos.
“Uma vez que o custo de financiamento vinculado às obrigações do portfólio se encontram superiores ao cap rate associado aos ativos, a destinação de recursos da alienação para a redução das obrigações de financiamento resultará em um destravamento mensal de lucro líquido destinado a distribuição de rendimentos”, diz o FII em relatório.
Atualmente, o fundo possui cerca de R$ 920 milhões em obrigações financeiras relacionadas à aquisição de ativos, o que representa um LTV bruto de 25% e um LTV líquido de 21%. Grande parte das obrigações financeiras têm vencimento em 2024.
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O fundo tem 84,9% do seu portfólio em contratos típicos e 15,1% em contratos atípicos.
Dividendos do BRCR11
O dividendo do BRCR11 anunciado em novembro foi de R$ 0,41 por cota, com um dividend yield de 0,75% com base na cotação de R$ 54,85.
O BRCR11 tem leve alta neste ano de 1,66%. A cotação começou em R$ 59,00 e atualmente está em R$ 59,98.