FIIs captam 91,5% a mais em 2023 e ampliam presença no mercado
FIIs alcançaram R$ 69,9 bilhões em novas captações e registraram aumento no volume diário de negociações no mercado secundário.
Os fundos imobiliários quase dobraram sua captação de recursos em 2023 na comparação com o ano anterior, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (29) pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Segundo o Boletim Econômico do 4º Trimestre, que consolida os dados do ano, os FIIs captaram R$ 69,9 bilhões no ano passado, alta de 91,5% na comparação com o valor de 2022, de R$ 36,5 bilhões.
Esse valor representou, em 2023, 11,05% da captação obtida pelo mercado de títulos mobiliários, no total de R$ 632,7 bilhões. Esse valor inclui ainda ações, derivativos e também papéis de renda fixa, como debêntures, CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e outros instrumentos do mercado financeiro. Em 2022, a participação dos fundos imobiliários no total captado, de R$ 575,1 bilhões, havia ficado em 6,35%.
Segundo a CVM, o mercado secundário de FIIs, ou seja, a negociação de cotas no pregão da B3, também teve aumento da movimentação diária média, cerca de R$ 260 milhões, ante R$ 240 milhões em 2022, crescimento de 8,3%. Os fundos de investimento em imóveis, porém, ainda não alcançaram o recorde de 2021, de R$ 270 milhões diários.
Os Fundos de Investimento em Participações (FIPs) também puxaram para cima das captações, mais que triplicando o valor de mercado, de R$ 30,3 bilhões para R$ 92,1 bilhões, e ampliando seu share, 5,27% para 14,56%.
As ações, por sua vez, tiveram queda na captação, de R$ 57,4 bilhões para R$ 31,7 bilhões, e as debêntures também recuaram, de R$ 269,7 bilhões para R$ 244,1 bilhões.
O ano de 2023 fechou com aumento de 7% no número de participantes regulados pela Comissão de Valores Mobiliários em relação ao final de 2022, totalizando 86.091 participantes. O valor total do mercado regulado pela CVM é de R$ 14,6 trilhões, alta de 11,5% em relação ao ano anterior, excluindo os produtos derivativos.