FI-Infra SNID11 tem carrego de CDI + 2,38% e guidance impulsionado por Selic

A carteira do SNID11 rendeu R$ 0,13 em agosto, considerando efeitos de marcação a mercado, derivativos e o carrego.

FI-Infra SNID11 tem carrego de CDI + 2,38% e guidance impulsionado por Selic
SNID11. Foto:Unsplash.

O SNID11, FI-Infra gerido pela Suno Asset, apresentou um carrego de CDI + 2,38%, impulsionado por uma nova aquisição: uma debênture incentivada da Brasil TecPar (TEPA12), no valor de R$ 1,5 milhão, segundo o analista da gestora Rodrigo Wainberg.

Além disso, em agosto, o fundo realizou um desdobramento de cotas, que passaram a ser negociadas na base 10, e distribuiu R$ 0,10 por cota, mantendo o nível de distribuição dos últimos meses. Esse valor equivale a 109,1% do CDI do período ou 140,8% do CDI considerando o gross-up.

A carteira do SNID11 rendeu R$ 0,13 em agosto, considerando efeitos de marcação a mercado, derivativos e o carrego. Segundo Wainberg, a tendência é que os rendimentos do fundo aumentem com a alta da taxa Selic, já que a carteira do fundo tem como base o CDI, acrescido de spread.

Entre as novidades do portfólio, o fundo adquiriu uma posição intermediária, que corresponde a 2,1% do patrimônio líquido, em um ativo a uma taxa de IPCA + 10,09%, que, com o uso do DAP (Derivativo de Alocação de Performance), foi convertida para CDI + 3,90%.

Rodrigo destacou, ainda, o upgrade no rating da debênture ENAT33 pela S&P, após a fusão da Enauta com a 3R, o que levou a nova empresa à classificação AA. A Casan também teve um aumento de nota de crédito, passando de BB+ para BBB+. Em contrapartida, empresas do Grupo Simpar, como Vamos, Movida e JSL, tiveram seus ratings rebaixados de AAA para AA+.

Apesar dessas oscilações, o FI-Infra SNID11 saiu com saldo positivo no mês, aumentando sua exposição em ativos com boa classificação de crédito. Os títulos de renda fixa incentivados mantiveram spreads estáveis em relação à NTN-B, com os spreads de crédito estabilizados desde o forte fechamento do primeiro trimestre de 2024.

O analista reforçou a postura conservadora do fundo na alocação de capital, afirmando que a equipe não comprará ativos com taxas ruins ou riscos elevados. “Tentamos encontrar empresas que possam estar em um risco maior, mas que ofereçam um retorno interessante. Se não encontrarmos, não alocamos”, destacou em live do SNID11.

Desde seu início, o SNID11 apresentou um retorno total de 25,3%, considerando o reinvestimento dos rendimentos. Em agosto, o volume de negociação foi de R$ 5,55 milhões. O analista ainda ponderou que o aumento na base de cotistas, que agora ultrapassa 7 mil investidores, tende a elevar o volume de negociações do fundo.

Sobre as perspectivas para o fundo, Wainberg apontou que o guidance atual está entre 0,09 centavos e 0,11 centavos por cota, com tendência de alta em um cenário de aumento da Selic, o que pode levar a uma revisão para cima desse guidance no futuro.

FI-Infra SNID11: saiba mais sobre o fundo

Com patrimônio líquido de R$ 73,7 milhões, o equivalente a R$ 10,17 por cota, o FI-Infra SNID11 atua na comercialização de debêntures incentivadas, que são emitidas por empresas que atuam na área de desenvolvimento de infraestrutura e oferecem isenção de tributação em seus rendimentos e amortizações.

Cotação SNID11

Gráfico gerado em: 30/09/2024
1 Ano

Assim, além da isenção de impostos sobre os dividendos para pessoas físicas, como acontece também com os fundos imobiliários (FIIs) e Fiagros, os FI-Infra, como o SNID11, também são livres de tributação no ganho de capital, ou seja, quando o investidor vende a cota com lucro em relação ao preço de compra.

Veja a Live do SNID11

O valor dos dividendos do FI-Infra SNID11 representa um dividend yield mensal de 0,98% na comparação com o fechamento da cota em 30 de agosto, em R$ 10,20. Anualizado, o rendimento fica em 12,7%.

Tags
Quer construir uma carteira de Fiis alinhada com os seus objetivos? Clique aqui e fale agora mesmo com um especialista.
foto: Vinícius Alves
Vinícius Alves
Jornalista

Jornalista formado na Faculdade Cásper Líbero. Com passagens pela Agência Estado e Editora Globo.

notícias relacionadas últimas notícias