Fundo INFB11 rende 1,2% em maio e mantém ritmo acima do CDI

Fundo INFB11 rende 1,2% em maio e mantém ritmo acima do CDI
Resultado do INFB11- Foto: Pixabay

O fundo INFB11 fechou o mês de maio com uma rentabilidade de 1,2%, desempenho superior ao seu benchmark, o IMA-B5, que avançou 0,6% no mesmo período. No acumulado de 2025, o fundo apresenta valorização de 5,6%, igual ao índice de referência e levemente acima do CDI, que rendeu 5,3% no ano até aqui.

Segundo o relatório gerencial, esse desempenho é explicado, em parte, pela alta sazonal do IPCA, que acumula 2,75% no ano, e pelo movimento de fechamento da curva de juros reais, que beneficiou os ativos indexados à inflação.

Aproveitando o cenário, a gestão optou por alongar a duration da carteira, passando de 2,9 para 3,2 anos, o que potencializou os ganhos diante da queda das taxas de juros de longo prazo.

Ainda assim, o fundo destaca que as NTN-Bs continuam oferecendo oportunidades atrativas, com taxas superiores a IPCA + 7% ao ano, em todos os vencimentos.

A cota sintética do INFB11 — que incorpora os dividendos distribuídos ao longo do tempo — atingiu R$ 102,57 no fechamento de maio, enquanto a cota patrimonial se estabilizou em torno de R$ 98,50, sustentando a distribuição constante de proventos aos cotistas.

O fundo INFB11 seguiu com a distribuição mensal de R$ 1,00 por cota em maio. A gestão reforça a perspectiva de manutenção desse patamar de rendimentos nos próximos meses, sustentado pela qualidade e performance dos ativos da carteira.

FI-Infra: alocações e mudanças na carteira do INFB11

Durante o mês, o fundo passou a contar com debêntures da Movida em sua carteira. A empresa teve resultados positivos no primeiro trimestre, com destaque para o aumento de 21% nas tarifas de locação (RAC), melhora na rentabilidade dos contratos de gestão de frotas (GTF) e avanço nas vendas de seminovos.

A alavancagem caiu de 4,7x para 4,4x, e a empresa mantém R$ 3 bilhões em crédito disponível, o que reforça sua saúde financeira. A posição foi adquirida com yield de CDI + 6,25%, com vencimento até abril de 2027.

Por outro lado, a gestora optou por encerrar a posição em debêntures da Hélio Valgas, empresa do setor de energia solar vinculada ao grupo Vibra. O movimento teve como objetivo reciclar a carteira, realizando lucro após o fechamento do spread de crédito, e abrir espaço para novas alocações com maior retorno potencial.

Alocação majoritária em crédito privado atrelado à inflação

Ao fim de maio, o fundo estava 91,1% alocado em crédito privado, sendo 74% em ativos incentivados pela Lei 12.431, com prazo médio da carteira de 4,8 anos. Por meio do uso de derivativos, a duration da carteira está ajustada em 3,2 anos, com 100% da exposição atrelada à inflação, oferecendo uma taxa média equivalente de IPCA + 9,08% ao ano.

Considerando uma projeção de IPCA de 5,0% nos próximos 12 meses, patamar entre as estimativas do Boletim Focus para 2025 e 2026, a carteira do fundo projeta um retorno de 14,53% ao ano isento de IR, o que corresponde a aproximadamente 1,13% ao mês de rentabilidade líquida.

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foto: Vinícius Alves
Vinícius Alves
Jornalista

Jornalista formado na Faculdade Cásper Líbero. Com passagens pela Agência Estado e Editora Globo.

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