FII vende imóvel ocupado por agência do BB em SP; qual o impacto para os cotistas?



O FII TRVI11 vendeu um imóvel locado ao Banco do Brasil (BBAS3), localizado próximo à Avenida Paulista. O valor da transação foi de R$ 18,139 milhões, montante já recebido integralmente pelo fundo, que ficou 43% acima do valor patrimonial do ativo.
De acordo com a Tivio Capital, gestora do fundo, a venda foi realizada com lucro de 33%, considerando o preço de compra do ativo, o que gerou um resultado não recorrente de R$ 0,28 por cota. O preço de venda representa um cap rate anual de 9,2% sobre o aluguel vigente.
O imóvel tem área bruta locável de 1.455 metros quadrados e representava 0,76% do patrimônio líquido do TRVI11. O contrato de locação com o Banco do Brasil era no formato típico, com vencimento em novembro de 2027.
“A transação está em linha com a estratégia de reciclagem do portfólio, que busca destravar valor dos imóveis existentes e gerar recursos para a modernização dos ativos do portfólio e para a aquisição de novos ativos que possam trazer a necessária diversificação”, diz a gestora do TVRI11. É o sétimo imóvel vendido nesse processo, iniciado em novembro de 2023.
FII TVRI11: qual o impacto da transação?
A gestão informou que as vendas geraram um lucro de R$ 2,69 por cota. Como cinco das operações foram realizadas a prazo, as parcelas com vencimento previsto até o fim deste ano resultarão num lucro de R$ 1,66 por cota, valor que será incluído no cálculo para distribuição dos dividendos do TVRI11.
Na última quinta-feira (31), o fundo anunciou o pagamento de R$ 1,05 por cota, referente aos resultados de julho. O valor será distribuído aos cotistas no dia 14 e representa um dividend yield de 1,14%, considerando o fechamento de R$ 92,14 em 31 de julho.
O fundo imobiliário foi constituído em 2012 no modelo de gestão passiva, com todos os ativos do portfólio locados via contratos atípicos para o Banco do Brasil. Desde 2023, a gestão optou por reformular o fundo para tentar diversificar o portfólio, por meio de vendas que pudessem destravar valor e gerar recursos para a modernização dos ativos.
Assim, parte dos recursos obtidos foram utilizados para realizar obras e investimentos necessários nos ativos que seguem no portfólio. Segundo a Tivio, os investimentos eram necessários na modernização de sistemas de elevadores e ar condicionado ou estruturais como impermeabilização e renovação de fachadas.
A gestão do FII TVRI11 diz estar envolvida na análise de aquisição de novos ativos. Entre os fatores levados em consideração estão a utilização do imóvel pelos locatários, o potencial construtivo e a flexibilidade de conversão para outros usos em caso de vacância.