Fundo imobiliário RBRR11 entrega dividendos acima de 13% ao ano
Fundo imobiliário RBRR11 encerrou o mês de julho com lucro de R$ 15,591 milhões e realizou aportes de R$ 147 milhões em novas operações.


O fundo imobiliário RBRR11 encerrou o mês de julho com um resultado de R$ 15,591 milhões, uma redução em relação aos R$ 17,934 milhões obtidos em junho. A receita total no período foi de R$ 16,501 milhões, enquanto as despesas somaram R$ 1,334 milhão.

A distribuição de dividendos do RBRR11 no período foi de R$ 14,304 milhões em dividendos, o equivalente a R$ 0,95 por cota. O dividend yield, que indica o retorno baseado na cotação de mercado, foi de 13,78% para julho. Já a taxa ajustada de retorno, considerando o IPCA mais o prêmio, ficou em 8,58% ao ano.
O fundo mantém atualmente reservas de R$ 0,30 por cota, além de possuir ganhos acumulados relacionados à inflação, que somam R$ 1,35 por cota. Essas reservas podem ser utilizadas futuramente para reforçar os pagamentos ou realizar novos investimentos.
Em carteira, o RBRR11 possui 52 operações ativas, todas cumprindo suas obrigações financeiras. A maioria das garantias é constituída por CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), que contam com alienação fiduciária sobre os imóveis e um LTV (Loan to Value) médio próximo de 47%. Aproximadamente 40% dessas garantias estão localizadas em áreas consideradas Prime, como Faria Lima, Jardins e Pinheiros, com 71% concentradas no Estado de São Paulo.
Fundo imobiliário RBRR11: movimentações recentes na carteira
Em julho, foram realizados aportes de cerca de R$ 147 milhões em nove operações distintas. Entre os principais investimentos, destaca-se a aplicação de R$ 69 milhões no CRI Plano & Plano. Essa operação remunera a IPCA + 8,25% ao ano e está vinculada à antecipação de recebíveis de um contrato de compra e venda de terreno na capital paulista. O ativo conta com alienação fiduciária e coobrigação dos sócios, além de garantir o financiamento de um empreendimento residencial de alto padrão.
Outro destaque foi o investimento de R$ 25 milhões no CRI Creditas II Sênior, que oferece remuneração de IPCA + 8,32% ao ano, lastreada em créditos de home equity. Esses créditos são originados pela Creditas e contam com garantias de alienação fiduciária, sobrecolateralização e seguros MIP e DFI.
A gestão do FII RBRR11 também informou que conta com uma exposição de R$ 13,6 milhões ao CRI Airport Town, equivalente a 1% do patrimônio líquido, mantendo a classificação de risco atribuída pela própria gestora. Além disso, foi abordada a situação envolvendo a securitizadora Virgo,, envolvida em acusações na CBM sobre uso indevido de recursos. Segundo o relatório, a exposição do fundo a essa empresa é limitada a dez operações, que representam conjuntamente 15% do patrimônio líquido do fundo, e continuam em conformidade com as obrigações, sem impacto na operação do portfólio.
Por fim, a correção monetária dos CRIs do fundo imobiliário RBRR11 é baseada no IPCA, com uma defasagem de dois meses. Em julho, o índice de maio, de 0,26%, foi refletido nos resultados. Os números de junho (0,24%) e julho (0,26%) deverão ser incorporados nos resultados de agosto e setembro, respectivamente.